Novas tecnologias de captação de imagens aceleram processos e impulsiona avanços

Quando a arte se alia à tecnologia, podemos sempre esperar novidades e rompimento de fronteiras. Desde que Louis Aimé Augustin Le Prince, um dos precursores do cinema, filmou uma sequência de imagens em movimento, como a “Roundhay Garden Scene”, “Traffic Crossing Leeds Bridge”, e “Man Walking Around A Corner” utilizando uma câmera de lente única com uma película de papel, a indústria do cinema se desenvolveu em todo o mundo e não parou de se reinventar. Nesse sentido, os celulares também estão sendo usados na captação de imagens para obras cinematográficas.

Como resultado disso, o cinema mundial faturou mais de R$ 1,669 bilhão em 2022, superando os desafios vivenciados durante a pandemia de Covid-19. No Brasil, a arrecadação foi de R$ 70,94 milhões, cerca de 4,24% do faturamento anual, segundo dados do portal Box Office Mojo, especializado em bilheterias, e da OCA (Observatório Brasileiro do Cinema e do Audiovisual), compartilhado pelo site Exibidor.

Segundo Adilson Marques Pedro, operador de movi (câmera estabilizada) e com experiência na indústria audiovisual na produção de obras de ficção, documentários, filmes publicitários e videoclipes, a indústria do cinema está em constante evolução, e uma série de inovações tecnológicas já podem ser verificadas no que diz respeito à captação de imagens.

“O Led Virtual Production Stage é uma das principais inovações do setor. Essa tecnologia é uma opção para substituir os painéis de chromakey por painéis de LED, deixando o set mais imersivo, tanto para os atores como para os demais profissionais”, afirma.

O profissional, que possui no currículos trabalhos notáveis que podem ser conferidos neste link, também destaca o “HTC Vive Tracker”, sensor que captura todos os movimentos de câmera que são interpretados pelo software Unreal Engine. “Esse sensor traduz todos os movimentos no cenário como se fosse um ambiente 3D”.

A título de exemplo, ele cita o clipe “Brinquedo”, fruto da parceria das cantoras Mariana Pimenta e Maiara e Maraisa, que utilizou o HTC Vive Tracker com Led Virtual Production Stage no estabilizador Movi Pro. “Essa tecnologia pode usar o Led Virtual Production Stage a seu favor ou mesmo as demais tecnologias disponíveis, como Chroma Key”, explica.

De acordo com ele, entre os principais benefícios das novas tecnologias, é possível notar a economia de tempo e dinheiro de pós-produção, pois o material já sai semipronto do set.

Adilson Pedro durante captação de imagem em um set de filmagem. Foto: Divulgação

Avatar impulsionou avanços tecnológicos
Adilson destaca que James Cameron, diretor da franquia “Avatar”, busca sempre por novas tecnologias para trazer maior imersão para a história: “Avatar 1 revolucionou o cinema e ‘puxou’ a indústria para cima, tanto no nível de exigência como nos avanços tecnológicos – que muito se deve ao perfeccionismo do diretor”.

O profissional também chama a atenção para o fato de que, para o segundo filme da franquia “Avatar” foi desenvolvida uma câmera para as gravações, a “Sony Venice 2”. “Além disso, para ‘Avatar 2 – O Caminho da Água’, foi criado um modelo digital para que a equipe e o diretor conseguissem ver, mudar cenários e ângulos de câmeras digitalmente, mesmo depois de a cena já ter sido gravada”, finaliza o profissional.

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Cidadão do mundo, jornalista por formação, comunicador por vocação, apaixonado por música, hardnews e ironia, fotógrafo por hobby, escritor e inquieto por criação. Autor de "Coisas da Vida", "O Diário de Arthur Ferraù", "Águas de Março", "Coisas da Vida" e da série "Labirintos do Coração".


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