Pesquisa aponta que 53% das crianças e adolescentes usa a internet para consumir a notícias

Com grande sucesso, o TikTok cada vez mais ganha espaço no coração das pessoas e vem se tornando a queridinha dos internautas. Lançado em 2016 no mercado chinês e, em 2017, para o mundo, a plataforma acumulou mais de 3 bilhões de downloads e alcançou um terço de todos os usuários de redes sociais. Apesar de não ser de hoje as discussões em torno da utilização das redes sociais e celulares, a plataforma ganhou repercussão pelo mundo.

Por uma questão de proteção, os Estados Unidos, Canadá e a União Europeia decidiram proibir o uso da rede social nos celulares de autoridades e funcionários do governo. A medida foi tomada devido ao receio do envio de informações por meio da plataforma para a China. Entretanto, as restrições não partem apenas das grandes potências. O próprio TikTok tomou medidas em relação ao uso do aplicativo para menores de 18 anos. Nesse caso, ao atingir o tempo máximo de 60 minutos, os jovens são solicitados a inserir uma senha, decidindo conscientemente do tempo gasto na linha do tempo.

“Quando encontramos alguém fora da internet até estranhamos, associamos que estar nas mídias é mostrar ao mundo que estamos vivos. Não há como fugirmos da internet, seja para buscar notícias, assistir a um filme, aprender ou socializar. Entretanto, precisamos nos questionar se restringir é a melhor saída ou se temos outras opções como uma reeducação em torno do assunto” explica Juliana Frigerio, Diretora Acadêmica da WorldEd School.

Segundo a pesquisa TIC Kids Online Brasil 2021, 78% das crianças e adolescentes brasileiras em que estão conectadas na internet usam redes sociais, sendo que o WhatsApp é a rede mais utilizada (80%), seguido pelo Instagram (62%) e TikTok (58%). Além disso, o Brasil é visto como o país dos influenciadores. O estudo da multinacional Nielsen Media Research mostra que no país existem, pelo menos, 500 mil influenciadores com no mínimo 10 mil seguidores cada, ou seja, 500 mil pessoas que ganham a vida com os aplicativos.

“Podemos ensinar os jovens sobre como utilizar essas redes e a buscarem um equilíbrio saudável entre a tecnologia e a vida, o que impactará diretamente nos profissionais do futuro. Na WorldEd School, abordamos em sala de aula o impacto que estas têm no nosso dia a dia e como usá-las a nosso favor, além disso, usamos a internet como um meio para o conhecimento, buscando instigar a curiosidade e consciência do poder da ferramenta. Inclusive, trabalhamos habilidades e competências acadêmicas atreladas ao desenvolvimento do pensamento critico desde a educação infantil ao médio. Dessa forma, ensinar a navegar na internet se torna algo semelhante a ensinar a viver em sociedade, como olhar para os lados, andar na calcada, respeitar o farol” finaliza Frigerio.

A pesquisa ainda evidencia que cerca de 74% das crianças e adolescentes utilizam a internet para pesquisa em trabalhos escolares. Pouco mais da metade ( 53%) usa a internet para ler ou assistir a notícias, enquanto 66% diz que costuma pesquisar na internet por curiosidade ou vontade própria. Mais ainda, o uso nas escolas está abaixo da metade (40%) das crianças e adolescentes do Brasil.

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Cidadão do mundo, jornalista por formação, comunicador por vocação, apaixonado por música, hardnews e ironia, fotógrafo por hobby, escritor e inquieto por criação. Autor de "Coisas da Vida", "O Diário de Arthur Ferraù", "Águas de Março", "Coisas da Vida" e da série "Labirintos do Coração".


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