Bella e sua obra

Nossa amiga Bella Silva faz o seu primeiro voo solo em formato podcast. Apresenta-nos, o primeiro livro que publicou em trajetória acadêmica: “Uma década de PROSA: impressos e impressões da professora e jornalista Maria Mariá (1953-1959)“. Na obra, ela discorre sobre o que chamou de fragmento da trajetória da professora e jornalista alagoana, Maria Mariá. Personagem atuante no interior de Alagoas, durante o século XX, que manteve a imprensa como instrumento de formação da juventude letrada palmarina, de acordo com a autora. A professora estudada pela jovem pesquisadora, sofreu, de acordo com o que vem divulgando, uma espécie de apagamento Histórico.

O trabalho de Bella Silva, ou melhor, de Hebelyanne Pimentel da Silva, apresenta as ideias educacionais predominantes em uma localidade específica de Alagoas, utilizando a escrita de uma pessoa que vivenciou o tempo, como fonte. Além de apresentar as especificidades do interior em relação a capital, o texto inicia uma discussão sobre questões polêmicas e caras a sociedade Brasileira, como é o caso da precarização do trabalho, evidenciando que a ideia de missão, quando propagada, favorece o processo histórico de precarização do trabalho docente, como mostrou, de modo mais detalhado, no texto: “Fragmentos de precarização do trabalho docente: leituras da formação NORMAL de professoras alagoanas (1932-1959)“. Desde a publicação,  livro já vem sendo lido e comentado por pessoas influentes nos estudos sobre mulheres no Brasil, como é o caso da professora e renomada pesquisadora Mônica Yumi Jinzenji. Autora de “Cultura impressa e educação da mulher. lições de política e moral no periódico mineiro o mentor das brasileiras (1829-1832). Ela escreveu uma resenha da obra em 2022, e publicou esta no conhecido e renomado periódico mineiro: Cadernos De História Da Educação. O último com relevância amplamente reconhecido entre pesquisadores e pesquisadoras da História da Educação no país.

Ao optar por uma pesquisa de caráter autobiográfico, Bella também nos apresenta, como inovador em seus textos, o que vem chamando de LUGAR DE FALA da mulher interiorana, algo inédito entre estudos, até o momento, existentes. Esse episódio também conta com a participação especial de algumas das jovens meninas que participaram da vida da nossa amiga palmarina: Ádla Delfino, Vitória Trajano, Larissa Alves, Jessica Larissa. Elas recitam um trecho do poema “Eu admiro você, MULHER DE INTERIOR!“, escrito pela pesquisadora. Todas participantes de momentos importantes da vida da Bella. A segunda foi uma de suas ex-alunas.

É a primeira edição dessa série, sem mediação. Ela fala por si, livre, leve e solta.

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Sobre o autor

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É Pedagoga e autora da obra "Uma década de PROSA". Busca desenvolver por aqui, reflexões, majoritariamente autobiográficas, sobre o conceito de democracia na sociedade capitalista. Escreve, esporadicamente, poesias e crônicas.

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José Fagner Alves Santos é jornalista (MTB 0074945/SP), formado em Letras. Mestre em Educação, Doutor em Literatura. Fã de Ernest Hemingway, Tom Wolfe, Gay Talese, Hunter Thompson, John Hersey e Eliane Brum. Faz um arremedo de jornalismo literário. Publica sempre às segundas aqui no Editoria Livre e apresenta o podcast que é publicado às quartas. Colabora com o Portal Café Brasil.


5 Replies to “Bella e sua obra”

  1. Hebelyanne

    Essa foi a data mais apropriada para a divulgação do 4° Episódio da série que trata da minha trajetóriade de vida e acadêmica. A escrita me ajudou a resistir a morte. Fez renascer a esperança.
    O livro “Uma década de PROSA”, foi o registro do tempo que dediquei a formação acadêmica, em meio ao caos gerado pelo capitalismo selvagem que afeta, com Intensidade, os nossos dias comuns. Capitalismo utilizado como justificativa para o abandono da ética e do respeito, inclusive, nos espaços ditos de formação. O meu livro, pelas condições de produção e pela exposição do que tem sido a minha trajetória acadêmica, como alguém que nada contra a corrente ao reivindicar um direito a formação roubado pela atual conjuntura do país e pelas pessoas preconceituosas que dominam os espaços públicos, evidencia que estamos distantes de uma sociedade verdadeiramente democrática.
    Sou grata ao Fagner pelo projeto.

    • Ana Caline.

      Parabéns Bella! Minha pequena, linda e doce amiga. Você é gigante! E admiro demais por sua coragem e talento.
      Cara vez mais me vejo encantada por seu trabalho, seus escritos.
      Continue firme em seus propósitos e lutando para que muitas outras mulheres marginalizadas como nós, pretas, brancas, pobres, do lar, da literatura e de tantos outros espaços possam ser vistas, ouvidas, lidas, respeitadas e por que não dizer “livres”. Livres de rótulos, de violência, do machismo, racismo, preconceito, subordinação e tantas outras ações praticadas contra nós todos os dias.
      Abraços e muito sucesso minha querida Hebelyanne Silva.

      • Hebelyanne

        Ownn… Ana!! Muito obrigada por tudo, minha amiga! Sigamos fortes e sonhadoras!! Retirando-nos os sonhos, retiram-nos a vida!
        Um abraço forte e muita luz, sempre!!

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