Por que vejo o meu corpo deitado?

Vejo o meu corpo deitado…

Por que eu levantei e o meu corpo não?

Será que eu morri?

Deixo o meu corpo deitado e caminho pela casa…

Tenho uma sensação indescritível dentro de mim, de alegria e de paz…

Posso sentir o cheiro, o sabor e o perfume desta noite agradável…

Uma grande felicidade se apossa de mim, de um jeito que não consigo fechar o sorriso.

Se realmente existir Deus, posso dizer que senti a presença dele em mim e também por toda parte.

Saio no quintal e vejo muito mais estrelas do que eu normalmente vejo…

Dá pra ver mais cores no céu e tudo tem mais brilho…

Respiro um ar extremamente puro e começo a subir cada vez mais para o alto…

Muitas estrelas passam por mim, enquanto a Terra vai ficando mais distante…

Cada vez mais longe…

Desço em um planeta especial e sou rodeado por criaturas felizes…

Muitos me disseram coisas maravilhosas que eu guardo comigo até hoje.

Sou levado a um tipo de líder que me disse em alto e bom som e em um tipo de língua universal:

-Retira-te. Não é a hora!

Num susto, acordo desolado na minha cama e triste por não estar mais naquele planeta longínquo.

Confesso que  eu fiquei muito feliz por semanas  e, provavelmente, passei aos outros  toda essa alegria que me contagia e me inebria…

No momento em que escrevo, ainda sinto o aroma, o perfume e as sensações daquele dia especial…

Criação e Autoria: Márcio Ribeiro

Imagem: Gordon Johnson por pixabay

Contato: [email protected]

Todos os direitos reservados 22/04/2020

Sobre o autor

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Sou Jornalista, Técnico em Turismo, Monitor Ambiental, Técnico em Lazer e Recreação e observador de pássaros. Sou membro da Academia Peruibense de Letras e caiçara com orgulho das matas da Juréia. Trabalhei na Rádio Planeta FM, sou fundador do Jornal Bem-Te-Vi e participei de uma reunião de criação do Jornal do Caraguava. Fiz estágio na Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Peruíbe e no Jornal Expresso Popular, do Grupo "A Tribuna", de Santos, afiliada Globo. Fui Diretor de Imprensa na Associação dos Estudantes de Peruíbe - AEP. Trabalhei também em outras áreas. Atualmente, escrevo para "O Garoçá / Editoria Livre" e para a "Revista Editoria Livre."


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