Parte 2: Confira o relato da aventura inédita rumo ao pico mais alto da Serra dos Itatins
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“Na primeira parte, mostramos como foram os preparativos e a formação da equipe. A saída de São Paulo e a chegada em Pedro de Toledo. A primeira noite e a chegada no começo da trilha/aventura. Como conseguiram a autorização para entrar na mata.
Nesta segunda, veja todo o caminho até, praticamente, o cume da Serra….
Abaixo desta publicação, segue o link da PARTE 1″
O Garoçá
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A estrada/trilha vai serpenteando montanha acima sempre cruzando no meio de enormes bananais…
Depois de uns 2 km, chegamos a uma bifurcação onde um rancho de lona azul é encontrado. Nesse ponto, já estamos a 500 metros de altitude e pegamos o caminho da direita que vai se enfiando no meio da floresta, onde a estrada embica para cima até que encontramos um casebre abandonado.
Paramos para um breve descanso antes de darmos início à expedição selvagem.
Estamos na cota 700 (Maior que o morro da cruz em Peruíbe) quando o Natan e o Potenza, vendo que haviam exagerado com o peso nas mochilas, resolveram refazer suas estratégias, tocar o foda-se e deixar parte da comida e alguns agasalhos no casebre. Eu, como não havia nada para tirar, tive que me conformar e amargar um peso de mula andina nas minhas costas.
Às dez e meia da manhã abandonamos de vez aquela choupana velha e quando nossos pés tocaram novamente o caminho, já tínhamos a consciência de que havíamos entrado num caminho sem volta.
Mais 100 metros à frente outra bifurcação nos faz pegar o caminho da direita, agora nos enfiando no meio do bananal abandonado onde nossas botas já empapam num brejo dos diabos, até chegarmos à entrada da floresta, onde o vale do Rio do Peixe se apresenta para ser cruzado.
Hora de parar novamente e rever o plano traçado, estudar os mapas, calibrar o GPS, pedir proteção para o Curupira e para que os deuses tenham piedade das nossas almas.
Nessas expedições, sempre traçava o caminho me valendo do satélite, mas desta vez, já muito mais experientes nesse tipo de mapeamento, decidi juntar satélite com carta topográfica, traçando o caminho minuciosamente, metro a metro, curva a curva, estudando cada linha, cada desnível, cada possibilidade, cada caída do terreno, tudo isso para que a gente conseguisse nosso objetivo com menor esforço, sem ser jogado contra abismos ou paredões intransponíveis.
Foi um trabalho longo e de paciência, mas aquela expedição ia nos mostrar que mapa é uma coisa e comer bambu espinhudo, é outra…
Tínhamos que despencar até o fundo do Vale do Rio do Peixe, encher os cantis e subir novamente a outra margem para dar de cara com uma rampa inclinada, que nos indicava que ali era o sopé da montanha, num emaranhado de bambu, cipó, taquaras e outras vegetações plantadas pelo cão, para impedir a passagem de bisbilhoteiros.
Calibramos a direção a seguir, no caso para cima mesmo, e dei início ao vara-mato, pouco antes dos nossos relógios marcarem onze horas da manhã.
Já, de cara, foi preciso colocar o joelho na boca por causa da inclinação, mas não se passou nem dez minutos para eles aparecerem no nosso caminho: Os malditos bambus com espinhos, parecidos com anzóis, foram os primeiros que tentaram nos barrar. Para piorar, eram bambus deitados, que nos faziam rastejar feitos vermes. Eu estava à frente, portava apenas uma camiseta e havia esquecido minhas luvas. Até o final daquela sessão de tortura, pagaria o preço pela minha ousadia, ou burrice.
Quando a gente pensou que poderia estar vencendo os bambus espinhosos, fomos golpeados pelos cipós navalha: Aquele que passa no pescoço e você acha que vai cortar até a sua jugular.
As taquarinhas agarravam na gente, os cipós enroscavam nas mochilas, as bromélias furavam nossas calças, os espinhos dos bambus enfiavam até o sangue escorrer pela pele: Era um passo para frente e dois para trás. A caminhada não avançava, a vegetação ia enervando a gente que, às vezes, parávamos e ficávamos inertes, meio que a contar até dez para não explodir de tanta raiva.
Foi nessa hora que nos demos conta do tamanho da enrascada que tínhamos pela frente. Quando conseguimos passar pela porta do inferno, do outro lado saiu um homem todo retalhado e ensangüentado.
Deixado o caminho espinhoso para trás, o terreno melhorou, mas a inclinação continuava a mesma. Chegamos a um local parecido com um bosque, onde paramos para um descanso providencial e um gole d’água, mas um barulho fez com que a gente tremesse as pernas: Estávamos bem próximos de um enxame de vespas e era nítido e claro o som dos seus zumbidos.
O Natan e o Potenza ficaram ainda mais assustados com a presença dos insetos, mas quando um barulho de porco ressoou na floresta, nossos olhos tentaram localizar uma arvore para subir, porque ali ninguém queria virar presa de queixada ou mesmo de algum javali.
Felizmente o som sumiu sem deixar rastro. O enxame de vespas abreviou nosso descanso e achamos melhor sair dali o mais rápido possível para voltamos para o ofício de varar mato no peito.
Quando tracei aquele roteiro, procurei evitar o cume daquela primeira montanha, mas ter desviado a rota acabou por se tornar um grande erro, porque acabamos nos equilibrando numa curva de nível a uns 1.150 metros bem na encosta da serra. Não que o declive fosse assim tão perigoso de se caminhar, bem longe disso, mas a vegetação que se apresentou nos fez comer bambu e todo tipo de vegetação espinhosa novamente.
A gente não avançava nada e toda hora a vegetação acabava nos afastando do trajeto planejado, nos fazendo ziguezaguear hora para cima, hora para baixo.
O dia foi passando e a gente enroscado naquele terreno. A nossa água foi acabando e sem perspectiva de molhar a garganta com abundância. Foi aí que começaram a surgir as dúvidas sobre o rumo que aquela expedição poderia tomar se não encontrássemos água no tal selado: Se não houvesse água ali, estávamos perdidos.
A cada pequeno vale que descíamos e víamos que estava seco, fazia com que nossa decepção aumentasse. Ficamos envolvidos naquele vara-mato sobre a mesma curva de nível por quase duas horas.
Quando o terreno começou a nos jogar para baixo, sem nem percebermos que havíamos nos afastados da rota do GPS, nos deparamos com um primeiro filete de água e mais abaixo ela jorrou aos montes: As caras carrancudas se abriram num sorriso de alegria e felicidade.
Aquela pequena nascente não era somente mais uma das milhares que se encaminham para os vales para formar os rios da serra, era simplesmente a principal nascente que forma o GRANDE RIO DESPRAIADO.
Era ali, exatamente naquele lugar, que ele nascia. Éramos, provavelmente, as primeiras pessoas que se tem notícias a botar os olhos na sua nascente, mas isso pouco importava naquele momento. Diante daquele achado, estávamos de volta ao plano principal, que era o de botar os pés no cume da Serra dos Itatins-Juréia.
Bebemos o tanto de água que aguentamos e cada um colheu uns três litros. Ainda eram umas três da tarde, mas a luz da floresta já começava a sumir. A gente ainda estava tentando chegar ao tal selado, muito porque, à nossa frente, se apresentou um grande abismo sem fundo, por onde o Rio Despraiado daria seus primeiros passos. Para nós, não havia alternativa senão a de encontrar esse caminho.
Logo notamos que estávamos bem abaixo do selado, já envoltos na garganta. Calibramos nossa rota e começamos a ganhar altura para valer, mas era impressionante como não avançávamos de jeito nenhum. A gente subiu, subiu, depois começou a descer até que encostamos-nos a outra grande subida à nossa frente.
Como era o Natan que fazia o ofício de navegador, pensei que havíamos chegado ao selado e ele havia tocado em frente, já que eu ainda tinha uma leve esperança de chegarmos o mais perto possível do Pico Desmoronado. Mas quando vi que ele fez um desvio da parede e começou a descer de novo, fui obrigado a interpelá-lo o porquê da mudança de rota.
Para a minha surpresa e do Potenza, ele nos disse que não tínhamos chegado ao selado e que também não aguentava mais aquela vegetação. Foi preciso quase meia hora para que, finalmente, desembocássemos no Grande Selado, a 1.200 metros de altitude: Uma área linda, plana e com grandes árvores espaçadas.
Nossos relógios já estavam prestes a marcar quatro horas da tarde e eu queria me apressar para conseguir uma área para acampar, pois restariam umas duas horas antes que a noite chegasse de vez, mas o Natan e o Potenza não queriam arredar os pés dali, indo adiante num caminho incerto, subindo a nova encosta da montanha sem nenhuma perspectiva de encontrar uma área descente para acampar.
De certo modo, eles tinham razão, mas me intrigava ter que deixar de aproveitar mais duas horas, que poderiam comprometer o seguimento da expedição, além do mais, tinha a questão da água. Se acampássemos ali, gastaríamos parte da água para preparar a janta, mas se subíssemos por mais duas horas, poderíamos saber se teríamos mais água perto do cume e ainda teríamos a chance de economizarmos o máximo possível, revendo nossa logística, o que nos daria uma chance maior de sucesso.
Não houve conversa com os dois e os argumentos deles eram imbatíveis: Estávamos sem dormir, cansados, famintos, todos estropiados pelos espinhos e pela caminhada dura até ali. Diante disso, não houve o que fazer: Joguei logo minha mochila ao chão e demos por encerrado aquele dia de caminhada. Hora de montar acampamento, cozinhar a janta e descansar os esqueletos.
Em cinco minutos minha rede estava montada. Decidimos que, enquanto eles montavam os toldos para proteger nossas camas, eu sairia à procura de outra fonte de água.
Na carta, estava claro que em cada lado do grande selado nascia um rio, que iam tomar direções opostas.
Primeiro, tomei a direção leste, me dirigindo para o vale da esquerda de quem almeja ir ao cume da serra. Desci por uns duzentos ou trezentos metros, mas nada encontrei.
Voltei para o acampamento e tomei a direção oeste, me dirigindo para outra possível nascente do rio Despraiado (Espraiado na carta). Também desci por quase uns duzentos metros e quando já estava por desistir, avistei o reflexo da luz numa pequena poça no fundo do vale.
Bingo! Voltei e dei a notícia para a galera, que logo se alegraram com a possibilidade de termos uma janta descente. Eles ainda estavam no ofício de montagem de redes e tenda e como não precisavam da minha ajuda, aproveitei para esticar as costas na minha rede e acabei apagando, vindo a acordar somente uma hora depois para me deparar com os mesmos caras, tentando montar as mesmas tendas e as mesmas redes: Isso que dá não ter lido o manual antes de sair de casa.
Fazia um frio de rachar e a noite prometia esfriar mais ainda. Estávamos todos exaustos e, após prepararmos a janta, cada um pulou para sua rede e foi tentar se aquecer como deu.
Na madrugada, uma rajada de vento varreu toda a montanha e era ensurdecedor o barulho do vendaval que açoitava o cume do Desmoronado.
No vale onde estávamos, parecia que as árvores tombariam em cima da gente. Os urros do vento no alto da serra eram assustadores, como um dos meninos disseram: “Parecia que a própria montanha sairia caminhando e arrastando tudo que havia pela frente”. O Urro do titã perdurou por algum tempo ainda e a temperatura despencou de vez.
Quando o dia nasceu, tudo se acalmou. Pulamos cedo da cama, vestimos nossas armaduras e nos fizemos prontos para enfrentar o desafio final: Havia chegado a hora da conquista e para isso tínhamos que pôr a faca nos dentes e, como D. Quixote, encarar o gigante de frente.
Desmontamos tudo, tomamos café, colhemos água e partimos.
Logo de cara temos uma parede íngreme para subir, mas no início até que a vegetação ajudou. Não demora muito e já estávamos de novo a comer bambu e a brigar com cipós, taquaras e bromélias espinhudas.
Logo na primeira hora, o caminho nos leva direto para um grande deslizamento, aonde uma grande parede de rocha nua nos presenteia com a primeira visão de todo o vale e as montanhas que se entendem em direção de Itariri.
Até então, havíamos tomado a direção sudeste e, a partir do selado, nosso caminho fez uma curva bruscamente para o sul, onde teríamos que galgar quase todo o cume arredondado da próxima montanha para nos virarmos de vez para o leste, até tentarmos atingir o cume da serra.
A pernada então continua para o alto, avançando lentamente. Eu na dianteira, revezando com o Potenza a dura tarefa de abrir mato no peito, enquanto o Natan fazia com que mantivéssemos o mais próximo possível do caminho previamente traçado no mapa.
É uma navegação praticamente às cegas, sempre tendo que confiar no GPS do celular, mas como a vegetação não estava nem aí para tecnologia, insistia em nos mandar para onde ela queria. Logo nos víamos longe da linha traçada, tendo que recalcular nosso rumo e procurar um terreno e uma vegetação mais favorável para podermos passar.
Finalmente, após três horas de partirmos do acampamento, interceptamos o outro grande desmoronamento que havíamos traçado no mapa: Era uma rampa inclinada, uma parede de barro de uns 100 metros ou mais, um rasgo na montanha.
A chegada à RAMPA DA SERPENTE nos anima muito porque realmente é duro ficar arrastando uma floresta no peito sem um pouco de sossego e isso tende a nos deixar com os nervos à flor da pele.
Aproveitamos o caminho desimpedido para ganhar altura e distância, mesmo tendo que “escalaminhar” o barranco.
Ao chegarmos ao seu topo, foi preciso passar com cuidado porque uma jararaca velha e gigante nos olha com cara de reprovação e põe a língua de fora, como a zombar da nossa cara por estarmos ali naquele fim de mundo, naquela terra onde somente os bichos rastejantes se atrevem a ir.
Saímos pelo lado direito da rampa da serpente, subindo o barranco e nos enfiando por baixo de mais bambus. A nossa rota indicada pela linha do navegador nos dizia que deveríamos seguir em frente, mas para escapar de mais uma vegetação fechada, resolvemos subir um pouco para a esquerda, haja vista que logo interceptaríamos o caminho que teria que fazer a sua grande curva para a esquerda.
Esse trajeto nos deu a oportunidade de, através de uma janela na mata, de olhar a montanha que almejávamos, mas o pico nos pareceu tão alto que chegamos a duvidar que seria mesmo o pico que buscávamos.
Nós tínhamos quase certeza que o pico a Sudeste do Desmoronado era muito mais baixo, mas visto de um ângulo diferente, ele era meio bicudo, então isso nos fez crer que poderíamos estar olhando para ele, mas nos enganamos bonito.
Voltamos a ganhar altitude e o terreno melhorou bastante e quando estávamos quase no topo de mais um morrote, atravessamos uma floresta de bromélias e passamos o mais rápido possível, já que são conhecidas como camas de jararaca.
Daí para frente foi uma descida alucinante até o fundo do vale, tendo que fazer uma descida controlada para não nos tornarmos vítima da força da gravidade e irmos parar com a fuça no leito de um riacho que, aliás, nos fez mais uma vez sorrir de felicidades pela água encontrada.
Nosso caminho bordejou o rio por algum tempo até que um grande descampado surgiu à nossa frente, mas até então não sabíamos do que se tratava. Estávamos confusos!
Era como se uma grande enchente tivesse passado por ali e arrastado todas as árvores.
Nosso GPS dizia que o tal desmoronamento estava perto, mas não conseguíamos ver coisa alguma. Onde estava a borda da serra? Porque ainda não conseguíamos ver o litoral? Será que o GPS havia parado e nos deixado na mão justamente ali?
Atravessamos o grande brejo que à nossa frente se apresentou, mesmo sem saber se aquele era mesmo o caminho. Pulamos grandes troncos até que surpreendentemente demos de cara com uma prainha de rio que se estendia para o leste, numa fenda em forma de vale, gigantesca e inesperada.
Paramos ali para respirar um pouco, descansar e comer algo, mas não por muito tempo. Logo nos levantamos e ainda totalmente desorientados, saímos a navegar meio sem rumo e, quando o nosso navegador percebeu, já estávamos quase a cair nos abismos profundos das encostas daquelas paredes.
Havíamos saído completamente da rota e tínhamos andado perpendicularmente ao caminho traçado. Foi aí que caiu a nossa ficha: Aquele grande vale era nada mais nada menos que os grandes desmoronamentos que havíamos encontrado no mapa de satélite. O GOOGLE EARTH acabava de nos dar um tombo gigantesco, com um erro grotesco no mapa de satélite, uma distorção impensável.
Percebendo o erro no mapa, agora sabíamos que nosso caminho deveria seguir por dentro do grande vale, subindo o riacho até a sua nascente.
Até tentamos fazer isso, resolvemos bordejar pela direita varando mato e quando vimos que o riacho começou a correr livre dos troncos e capim alto, pulamos para o seu leito e fomos subindo até a sua nascente principal, encravada entre dois desmoronamentos monstros: um a esquerda e outra à direita, justamente a última rampa que nos levaria para a conquista final.
Aquela era sem dúvida a nascente mais alta de toda a Serra dos Itatins: um veio d’água a quase 1.400 metros de altitude.
Nós paramos ali para tomar um último gole e enquanto a gente se fartava, ficamos meio em silêncio e aí me veio à cabeça que poderíamos ter enfrentado um dos piores terrenos de todo o Estado e chegando ao cume, não conseguir ver coisa alguma, só mato e mais mato.
Valeria pela conquista inédita, claro, mas a gente sabe muito bem o que todo montanhista busca no cume de uma montanha.
O dia já ia lá pelas três horas da tarde quando acertamos o azimute do nosso roteiro para ir em direção ao cume. O nosso caminho passaria mesmo por escalar a grande parede do desmoronamento, uns 100 metros de escalada em um terreno solto, onde as pedras rolavam só de olhar para elas.
A subida foi lenta, devagar, cada qual no seu ritmo, como se cada um fosse alcançar seu próprio Everest. Quando todos chegaram no alto, nos juntamos para novamente varar mato e tentar encontrar, com a ajuda do GPS e da elevação do terreno, onde seria o cume daquela serra.
Subimos o barranco e, para variar, enfrentamos um pouco mais de bambus e cipós. Tudo ao nosso redor era mato e era até difícil encontrar onde estaria o ponto mais alto.
Quando chegamos ao local indicado pelos nossos equipamentos de localização por satélite, ficou claro que uma grande árvore, que nasceu justamente em uma pequena elevação marcava o CUME DO DESMORONADO.
Não! Nessa hora não houve qualquer comemoração, na verdade, da minha parte, houve foi um pouco de frustração por não conseguir as grandes vistas do qual fui buscar.
Mas havíamos dado conta de que acabávamos de realizar um grande feito, naquele dia 16 junho de 2017: Finalmente alguém havia jogado luz num enigma que perdurava por muito tempo. O ponto mais alto da SERRA DOS ITATINS-JURÉIA acabara de ser conquistado e já poderia constar nos mapas geográficos do Estado de São Paulo e o nome, acho que não poderia ser mesmo outro, fazia menção ao acidente geográfico que marcava sua localização.
Ainda teríamos que auferir sua altitude, pelo menos uma altitude aproximada e bem próxima do real, mas antes era hora de ir atrás do bônus da conquista. O cume da serra fica, incrivelmente, bem nas bordas de uma parede de quase mil metros de desnível, sendo uns 500 ou 600 metros de uma parede de noventa graus de inclinação, em um dos maiores abismos colossais da Serra do Mar Paulista.
E tudo isso a não mais que míseros dez metros do cume. Hora bolas, se conseguíssemos nos aproximar dessa parede vertical, seria claro que poderíamos ter as vistas que buscávamos.
Nos enfiamos então em direção as bordas do vazio, seguindo para o sul e quando chegamos lá, ninguém acreditou no que estava diante dos nossos olhos…
Continua…
Na próxima parte, a inédita conquista do cume…
Texto e Fotos: Divanei Góes de Paula
Adaptação e Edição: Márcio Ribeiro
Postagem: O Garoçá
Apoio: Aventurebox.com
Contato: [email protected]
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ANEXOS
Parte 1: Confira o relato da aventura inédita rumo ao pico mais alto da Serra dos Itatins
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Sobre o autor
Sou Jornalista, Técnico em Turismo, Monitor Ambiental, Técnico em Lazer e Recreação e observador de pássaros. Sou membro da Academia Peruibense de Letras e caiçara com orgulho das matas da Juréia. Trabalhei na Rádio Planeta FM, sou fundador do Jornal Bem-Te-Vi e participei de uma reunião de criação do Jornal do Caraguava. Fiz estágio na Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Peruíbe e no Jornal Expresso Popular, do Grupo "A Tribuna", de Santos, afiliada Globo. Fui Diretor de Imprensa na Associação dos Estudantes de Peruíbe - AEP. Trabalhei também em outras áreas. Atualmente, escrevo para "O Garoçá / Editoria Livre" e para a "Revista Editoria Livre."