Nosso escre(VIVE)r: palavras de MULHERES

A escrita é uma das mais lindas formas de expressão. Nela colocamos a nossa maneira de perceber a realidade. Quando coletiva, nos leva a ressignificação do olhar para o outro e para os fenômenos. As autoras desse texto, registraram as suas primeiras impressões sobre a realidade que observam. Pensamos essa matéria como uma maneira de divulgar os resultados do primeiro contato que tiveram com a escrita acadêmica e com a apresentação de um trabalho em evento. Como alguém que orientou o ingresso das meninas nesse universo, vejo a pequena proposta de comunicação que escreveram em momento inicial de curso – e apresentaram no “Colóquio Regional de Ensino, Pesquisa e Extensão na área dos Fundamentos da Educação (CREPEAFE)” – como parte de nossos registros de SAUDADE. É, para mim, parte da memória de um curto tempo de estágio no Curso de Pedagogia da Universidade Federal da Paraíba – UFPB (segundo semestre de 2022). Autoras da Matéria:

Ana Paula Fernandes Alves

Emilly de Farias Nobre dos Santos

Karinn Cristina do Vale

Maria José Silva de Oliveira

Alícia Candido da Silva

Hebelyanne Pimentel da Silva

 

É UM DIREITO DE MULHER: REFLEXÕES SOBRE AS CONTRIBUIÇÕES EDUCACIONAIS DE NÍSIA FLORESTA

Ana Paula Fernandes Alves – Estudante de Pedagogia da UFPB (2º Período)

Emilly de Farias Nobre dos Santos – Estudante de Pedagogia da UFPB (2º Período)

Karinn Cristina do Vale – Estudante de Pedagogia da UFPB (2º Período)

Maria José Silva de Oliveira – Estudante de Pedagogia da UFPB (2º Período)

Alícia Candido da Silva – Estudante de Pedagogia da UFPB (2º Período)

Nessa proposta de comunicação, analisamos a educação e os direitos femininos expressos na produção bibliográfica, até o momento levantada, que trata da poetisa Nísia Floresta Brasileira Augusta (1810-1885), popularmente conhecida pelos dois primeiros nomes. A escritora é considerada como uma das pioneiras no debate em defesa dos direitos das mulheres no século XIX. Seus atos e produções muito fazem pensar sobre a educação. Por meio de um levantamento bibliográfico desenvolvido nos volumes 13, 16 e 28 da “Revista Estudos Feministas”, e da leitura aos 7 textos que tratam da personagem que nos propomos a estudar, percebemos que há muito ainda a ser descoberto. Segundo Machado e Lodi-Corrêia (2022), no ano 1834, Nísia contribuiu com o periódico “Espelho das Brasileiras”. que expressava as condições precárias das mulheres e defendia a instrução (moral e cívica), já que as mulheres estavam iniciando o processo de alfabetização. Após esse período, Nísia fez várias publicações de livros, o primeiro foi “Direito das mulheres e injustiça dos homens”. De acordo com Barbosa e Maia (2020), em 1938 Nísia inaugurou o colégio Augusto, exclusivo para meninas, que previa aulas direcionadas a educação do lar, mas também de princípios mais gerais como: gramática, história, geografia, matemática, música e dança. A partir disso, Nísia nos fez pensar sobre as desigualdades de funções entre gêneros, ao entender a mulher como figura importante para o meio social. As leituras fizeram surgir à indagação: Como os textos que trazem como temática a vida e obra de Nísia Floresta, localizados na Revista Estudos Feministas, discorrem sobre a educação e os direitos femininos? Ao fazermos essa análise, percebemos nos textos, que Nísia trazia para as mulheres à esperança de modificar sua realidade, levando-as a acreditar na capacidade intelectual possuída. A pesquisa que desenvolvemos é de caráter documental qualitativo e utiliza como fontes 4 artigos publicados na Revista Estudos Feministas. O nosso referencial teórico é composto por: ALMEIDA (2007), SILVA (2021), AMARAL (2011), CAMPOI (2011). De acordo com um dos textos: “[…] Nísia Floresta denunciava o absurdo que era considerar as ciências inúteis às mulheres. Sob o pretexto de que o estudo e as ciências tornariam as mulheres altivas e viciosas” (CAMPOI, 2011, p. 209). O caminho trilhado por Nísia, permitiu que ela alcançasse o que parecia incomum no século XIX: à ampliação do debate sobre os direitos femininos no Império.

Palavras-chave: Nísia Floresta. Educação das Mulheres. Direitos Femininos.

Referências

ALMEIDA, J. S. de. Ler as letras: por que educar meninas e mulheres? São Paulo:
Autores Associados, 2007.
SILVA, H. P. da. Uma década de prosa: impressos e impressões da professora e
jornalista Maria Mariá (1953-1959). Fortaleza: EdUECE, 2021.
AMARAL,I. G. R. Inferiorizando mulheres no período
imperial brasileiro: a influência do direito. São Paulo: ANPUH, 2011.
CAMPOI, I. C. O livro “Direitos das mulheres e injustiça dos
homens” de Nísia Floresta: literatura, mulheres e o Brasil do século XIX. História
(São Paulo), 2011.

Sobre o autor

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É Pedagoga, Mestra em Educação e autora da obra "Uma década de PROSA". Busca desenvolver, por meio desta coluna, reflexões majoritariamente autobiográficas sobre as condições de vida das pessoas de origem interiorana, especificamente do interior de Alagoas. Escreve, comumente, crônicas e artigos de opinião, mas também utiliza-se da linguagem poética, quando pertinente à temática destacada.


2 Replies to “Nosso escre(VIVE)r: palavras de MULHERES”

  1. Ana Paula Fernandes Alves

    Essa participação foi de extrema importância para nossa evolução acadêmica, Hebelyanne Silva nos direcionou com dedicação e sabedoria. Agradecida por todo seu empenho nesse trabalho e por sua amizade.

  2. Hebelyanne

    Foi uma alegria, Ana!
    Aprendemos juntas!
    Que a sabedoria seja sempre parte da nossa vida, como estudantes e como docentes!
    A amizade permanecerá.

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