Desumana(MENTE)
Esse foi um texto escrito em um específico momento de observação. Como coloquei em produções até aqui divulgadas, a escrita sempre foi o meu refúgio. Coloco nela o que observo e sinto.
Na imagem, temos uma obra da exposição CONSENSUS, da artista plástica Patrícia Calisto. A fotografia foi feita quando estive no Museu Nacional da República (Brasília), em julho de 2016, por meio de uma viagem acadêmica ofertada pela UFAL. Minha primeira viagem acadêmica, cabe ressaltar. A primeira vez que saí de Alagoas. Vejamos que curioso, essa é uma obra Guernica. Se analisarmos pela lógica de Pablo Picasso, uma reação a guerra e ao autoritarismo. Recordo que, na exposição, a artista dizia retratar a apatia moderna. A imagem não tem relação com o poema, porque o último não foi escrito no mesmo período e nem a partir das sensações por ela provocadas. Mas quando a olho, penso sobre ele. Sobre como me sentia quando o escrevi, anos mais tarde. Isso motivou a escolha da fotografia para ilustrar tal publicação.
Autora da poesia: Hebelyanne Pimentel da Silva.
Conheci na estrada,
Um povo sozinho,
Que vivia sem rumo
Em distorcido caminho.
Seus olhos eram tristes
E avermelhados.
E suas palavras,
Mentira atestavam.
Acredito que já
Nem eram humanos
Pois até os seus atos
Eram INSANOS
De longe notava-se
Que lá não havia
Amor por outros corpos
E nem EMPATIA.
Eles eram, sem dúvidas,
Exemplos de seres
Que matavam e morriam
Enquanto viviam.
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Sobre o autor
É Pedagoga, Mestra em Educação e autora da obra "Uma década de PROSA". Busca desenvolver, por meio desta coluna, reflexões majoritariamente autobiográficas sobre as condições de vida das pessoas de origem interiorana, especificamente do interior de Alagoas. Escreve, comumente, crônicas e artigos de opinião, mas também utiliza-se da linguagem poética, quando pertinente à temática destacada.