Bolsonaro no limite da razão

Bolsonaro não é um presidente. Bolsonaro é uma celebridade que faz de tudo para se manter relevante. Ele chega a lembrar aqueles youtubers que fazem desafios como entrar em banheira com chocolate ou gelo, animais vivos e tantas outras coisas inimagináveis apenas para chocar e, desta forma, ganhar visualizações e se manter relevante se pautando pelo absurdo.

Ele chegou à presidência da República como forma de destacar o próprio nome e montou um time de ministros com nomes relevantes com o intuito de manter seus eleitores satisfeitos. Nunca teve plano ou projeto, se valeu de ideias absurdas, teorias conspiratórias e fakenews para chegar onde chegou.

Nosso atual presidente é uma jogada de marketing que deu certo enquanto estratégia, mas que não é a melhor resposta para a situação brasileira desde o início do segundo mandato de Dilma Rousseff. Bolsonaro é a prova de que nem tudo que o marketing vende é bom ou útil.

Bolsonaro, por fim, se mostra no limite da razão. De fato ele nunca nos pareceu dentro de algum limite razoável e isento de qualquer sandice. Mas, a mensagem que passou neste domingo foi clara: ele não vai medir esforços para se manter relevante, nem que, para isso, precise usar a força que acredita ter em suas mãos para continuar aquilo que acha que está fazendo: um governo.

Ele não está nem aí caso precise tomar medidas antidemocráticas ou ultrapassar os tais limites do estado democrático de direito. E a democracia, para ele, é deixá-lo governar, nem que o sentido disso seja somente beneficiar os seus.

Bolsonaro está no limite da razão e o próximo passo é imprevisível. Os moinhos de vento que o assombram são inúmeros e, em um surto, não sabemos até onde ele pode ir para garantir a sua relevância. Talvez seja entrar em uma piscina cheia de lama, como tantos youtubers já fizeram. Mas, se ele precisar jogar o País todo nessa mesma piscina de lama, para só ele e os seus continuarem limpos, o que vai importar é a relevância e nada mais!

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