Bolsonaro e seus moinhos de vento

“E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê? Eu sou Messias, mas não faço milagre”.

Contrariando as regras do jornalismo, começamos esse texto com uma citação. Ela foi dada pelo presidente Jair Bolsonaro quando questionado sobre as mortes causadas pelo novo Coronavírus no Brasil, país que ele foi eleito para governar.

Se Bolsonaro, chefe geral da nação, diz não ter nada a fazer além de lamentar, deveria liberar a cadeira que ocupa para que alguém que tenha alguma coisa a fazer além de trocadilhos de qualidade duvidosa como o que encerra a frase.

Nosso presidente precisa entender que governar não é viajar para os Estados Unidos, jantar com Donald Trump e fazer cara de jovem sendo cortejada por um bom partido, como diria as famílias nos tempos da adolescência da minha avó.

Nosso presidente precisa aprender que ele lidera uma nação e deve ter planos de ação para todos os problemas que viriam a surgir. Ele precisa governar para o país que o elegeu e mostrar que de fato o Brasil está acima de tudo, até mesmo dos interesses pessoais.

Nosso presidente precisa acordar e, da mesma forma que cria inimigos imaginários, deveria colocar o Coronavírus na linha de tiro e tentar vencer a ameaça da mesma forma que, tal qual o personagem de Cervantes, luta com os seus moinhos de vento particulares e “personificados” na Globo, no Comunismo, na tal ideologia de gênero, no Petê e tantas outros.

A Presidência do Brasil é uma coisa séria e não pode ser levada de forma tão irresponsável e cheia de de discursos com termos chavões e lamentos pedantes. Nosso presidente precisa urgentemente “cair na real” ou a realidade vai engoli-lo impiedosamente. E então sim, apesar de ser Messias, nenhum milagre vai salvá-lo.

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