Venha lê, nhô-nhô. Hoje eu venho falar de amor!

Tá cansadinho de ouvir falar de política, né?

Política é bom e todo mundo precisa saber, mas o assunto anda me enchendo tanto os pacová que hoje  vim falar de amor.

Mas não é sobre o amor daquela que já fez você chorar um dilúvio, não.

É da tristeza que anda os nossos dias. O vazio que habita o coração de muitas pessoas.

É a saudade de conversar com alguém sem ter quem.

É a lágrima já sem vontade de cair. É o coração doente…

Meu bom Jesus de Iguape!

Foi pensando nestas coisas e vendo essa brigarada  por política que me deu uma vontade danada de abraçar cada um de vocês, principalmente você que está lendo essa mensagem.

Me ajuda a carregar essa cruz?

Pode enxergar a tristeza de alguma pessoa e melhorar o dia dela?

Você pode entrar e sair de algum lugar sem machucar alguém ou sem deixar a vida das pessoas mais triste?

Consegue arrancar o sorriso de uma pessoa e fazer com que o brilho dela fique vibrando eternamente por toda a natureza?

É capaz de trabalhar sem trapacear os outros?

Você pode, por favor, viver honestamente independentemente do que isso venha lhe custar?

Você é capaz de olhar para a luz sem baixar a cabeça?

Me ajuda a manter viva a esperança?

Consegue?

Pare e sorria!

Pare mesmo!

Dê uma olhadinha ao seu redor e sinta o presente.

Quanta coisa bonita existe por aí, nesse mundão de Deus, não é mesmo?

Respire e se belisque para saber se isso é o real.  Atual. Concreto. Efetivo. Existente. Factual. Palpável. Tangível. Verdadeiro…

Ai, ai, ai…

Quantas lembranças da vida, não é mesmo?

Quantas lutas, quantos enfrentamentos, quantas batalhas…

Quanta gente entrou e saiu, deixando um tijolinho disso que agora você se tornou.

Quanta gente bacana conhecemos, mas se espalhou por aí igual o fruto do embiruçu ao vento forte.

Muitas frustrações?

Canários!

Realmente não somos nada…

Somos pequeninos igual micuim, sangrando a Terra.

Mas escuite:

Há um sol por detrás de um dia cinza…

Tem calmaria após a rebentação.

Tem uma nova vida quando cai a semente.

Há abrigo até nas florestas mais profundas…

Existe uma luz que ainda insiste em brilhar.

Não deixe que ela se apague. Preserve ela acesa nem que seja dentro de você.

Eu daqui do meu sítio, no mato, à beira do fogo, matando borrachudo e escutando os passarinhos…

Você daí, no conforto da sua casa  ou na modernidade do seu ifhone…

Ai que fome!

Todos com o mesmo objetivo…

Semana que vem eu volto com mais algum dedo de prosa…

Deixo uns versinhos do Museu vivo do Fandango:

“Bate, bate coração arrebenta com este peito.

Bate, bate coração arrebenta com este peito.

Como pode tanto amor em um espaço tão estreito?

Ah, em um espaço tão estreito….

Texto e Criação: Márcio Ribeiro

Imagem: Click-Free-Vector-Images, por Pixabay

Contato: [email protected]

Todos os direitos reservados / Outubro de 2022

Postagem anterior desta série:

Meu Bom Gejuis: Cuidam mais do lixo do que da gente. Ô Loco!

Sobre o autor

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Sou Jornalista, Técnico em Turismo, Monitor Ambiental, Técnico em Lazer e Recreação e observador de pássaros. Sou membro da Academia Peruibense de Letras e caiçara com orgulho das matas da Juréia. Trabalhei na Rádio Planeta FM, sou fundador do Jornal Bem-Te-Vi e participei de uma reunião de criação do Jornal do Caraguava. Fiz estágio na Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Peruíbe e no Jornal Expresso Popular, do Grupo "A Tribuna", de Santos, afiliada Globo. Fui Diretor de Imprensa na Associação dos Estudantes de Peruíbe - AEP. Trabalhei também em outras áreas. Atualmente, escrevo para "O Garoçá / Editoria Livre" e para a "Revista Editoria Livre."


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