Poema: “Redemoinho”, de Tássia Souza
“Quando pensei que havia te esquecido,
O vento trouxe as folhas secas outra vez;
Algo em mim fora aquecido,
Reascendeu uma forte insensatez.
Parte de mim houvera morrido,
Mas o vento me trouxe sua voz
Que, insistentemente, sussurra a meus ouvidos
A canção de um destino atroz.
Balbucia,embala,alucina,
Faz sentir-me beijada
Pelas gotas de chuva repentinas
Que ao vento se tornam aliadas.
Impregnam na minha pele estremecida,
Sinto cheiro de terra molhada;
Extasia a beleza adormecida,
Refletindo meus olhos sob o nada.
Eu digo:
– Vento, vá embora,
Deixe-me seguir meu caminho!
E ele não se vai, se enfurece e me ignora,
Transforma minha vida num redemoinho”.
Criação e Autoria: Tássia Souza*
Imagens: Pixabay
*Tássia Souza mora em Peruíbe. É graduada e licenciada em Letras Português/Inglês pela Universidade Católica de Santos – Unisantos. Leciona na rede estadual de ensino da região. Escreveu mais de 40 poemas, crônicas entre outras artes, além de cantar e compor nas horas vagas.
“Levando arte e cultura para Peruíbe e região”
Leia outras histórias
Sobre o autor
Sou Jornalista, Técnico em Turismo, Monitor Ambiental, Técnico em Lazer e Recreação e observador de pássaros. Sou membro da Academia Peruibense de Letras e caiçara com orgulho das matas da Juréia. Trabalhei na Rádio Planeta FM, sou fundador do Jornal Bem-Te-Vi e participei de uma reunião de criação do Jornal do Caraguava. Fiz estágio na Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Peruíbe e no Jornal Expresso Popular, do Grupo "A Tribuna", de Santos, afiliada Globo. Fui Diretor de Imprensa na Associação dos Estudantes de Peruíbe - AEP. Trabalhei também em outras áreas. Atualmente, escrevo para "O Garoçá / Editoria Livre" e para a "Revista Editoria Livre."