Peruíbe está entre as 10 mais violentas do estado, aponta estudo

Márcio Ribeiro

Quatro cidades da Baixada Santista estão entre as 10 mais violentas do estado, de acordo com o índice elaborado pelo Instituto Sou da Paz, divulgado em agosto deste ano. Itanhaém é a primeira colocada e Mongaguá a segunda, enquanto Peruíbe e Praia Grande ocupam a sexta e a nona colocação.

O ranking divulgado pelo Instituto considera o Índice de Exposição a Crimes Violentos (IECV), calculado a partir de procedimentos estatísticos complexos que levam em conta três subíndices: crimes letais (homicídio e latrocínio), crimes contra a dignidade sexual (estupro) e crimes contra o patrimônio (roubo – outros, roubo de veículo e roubo de carga). Foram analisados, segundo esses critérios, os 139 municípios do estado com ao menos 50 mil habitantes.

Confira o ranking com as 10 melhores e as 10 piores:

A vizinha Itanhaém, que lidera o ranking, respondeu em nota para o Portal UOL, que a região sofre com uma variação sazonal da população, que no verão chega a quadruplicar, o que poderia influenciar o aumento dos dados. Disse também que desenvolve parcerias com órgãos de segurança pública, que possui câmeras de monitoramento distribuídas em pontos de maior movimento e que elimina pontos escuros com a ampliação da rede de iluminação nos bairros, que melhoram as condições de visualização e inibem a ação de marginais no período noturno.

Já a Prefeitura de Peruíbe, que ocupa a sexta colocação no ranking estadual, disse em resposta ao Garoçá, que trata-se de um fenômeno regional, lembrando das cidades vizinhas que também figuram no índice:

“No relatório de 12 de agosto de 2020 – IECV semestral Série histórica de 2014 a 2020, não observa-se a população flutuante, que na alta temporada do primeiro semestre e finais de semana, eleva de maneira muito significativa o número de pessoas entre moradores e visitantes na cidade.

O fato de sermos as quatro menores cidades da Baixada Santista (referindo-se a Peruíbe, Itanhaém, Mongaguá e Bertioga, esta última em 11º) faz com que consequentemente sejamos as mais impactadas com a diferença demográfica nesse período.

A Prefeitura também lembrou ações como o Programa de Iluminação Pública; investimento em câmeras com sistema OCR (reconhecimento ótico de caracteres); Estruturação da Guarda civil municipal e aquisição de quatro novas viaturas para o órgão; Projeto “Somos Marias” que combate a violência doméstica e familiar:

“De acordo com as estatísticas mensais da Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSPSP), Peruíbe reduziu os principais indicadores de crimes contra o patrimônio. Nos últimos três anos, furtos caíram 6% e roubos (quando há emprego de violência), 37%.”

A Diretora Executiva do Instituto Sou da Paz, Carolina Ricardo, falou da importância da análise: 

“O IECV é valioso por trazer um número que resume esse conjunto de crimes e por permitir a análise de como estes indicadores criminais variam em cada um dos municípios para os quais o IECV foi calculado. A partir dessa análise, cabe ao governo do estado de São Paulo e às autoridades dos municípios implementar medidas de segurança pública e de prevenção ao crime eficazes para diminuir a exposição à violência nas cidades paulistas.”

Os dados completos podem ser acessados no site do Instituto.

Texto e Reportagem: Márcio Ribeiro

Imagens: Sou da Paz e mike 1497, por Pixabay

Contato: [email protected]

Anexos

https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2020/08/17/com-pior-indice-de-seguranca-itanhaem-enfrenta-atuacao-do-pcc.htm

http://soudapaz.org

Sobre o autor

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Sou Jornalista, Técnico em Turismo, Monitor Ambiental, Técnico em Lazer e Recreação e observador de pássaros. Sou membro da Academia Peruibense de Letras e caiçara com orgulho das matas da Juréia. Trabalhei na Rádio Planeta FM, sou fundador do Jornal Bem-Te-Vi e participei de uma reunião de criação do Jornal do Caraguava. Fiz estágio na Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Peruíbe e no Jornal Expresso Popular, do Grupo "A Tribuna", de Santos, afiliada Globo. Fui Diretor de Imprensa na Associação dos Estudantes de Peruíbe - AEP. Trabalhei também em outras áreas. Atualmente, escrevo para "O Garoçá / Editoria Livre" e para a "Revista Editoria Livre."


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