Termoelétrica: Quem se incomoda com as pichações?
Nossos políticos é que deveriam trabalhar pelo povo!
Eles estão prestes a autorizar um empreendimento que vai acabar com o ar puro da cidade para sempre e modificar Peruíbe como a conhecemos.
Diante disso, você ainda está preocupado com algumas pichações?
Passeatas, manifestações, reuniões e outras ações parecem que não surtiram o efeito desejado e não encontraram ouvidos lá pelos lados da prefeitura, mas algumas pichações, onde se lê Usina Não, sim! Elas estão sendo usadas para marginalizar ambientalistas e desarticular o movimento contra a termoelétrica.
Aparentemente o amor pela cidade e algum sentimento ambientalista foi despertado naqueles que apoiam a termoelétrica. Agora, dizem pensar no meio ambiente!
Quem tem a obrigação maior de fazer as coisas direito é o poder público. Eles estão com o nosso dinheiro e devem representar a população. Não estão lá para fazerem a vontade deles. Se a comunidade diz que não quer, o mínimo que eles devem fazer é escutar.
Qualquer grupo tem a liberdade de protestar com as ferramentas que possui e arcar com as consequências de seus atos: Socialmente e criminalmente;
Vale lembrar que quem protesta sofre com a omissão de informações, luta pela cidade de forma voluntária, não recebe dinheiro algum por isso, representam a si mesmos e não tem a mesma obrigação que a prefeitura.
É errado pichar? Sim! É uma poluição visual? Talvez!
É uma hipocrisia por parte daqueles que defendem a termoelétrica reclamarem das pichações em nome do meio ambiente.
Pessoas que defendem a poluição eterna da termoelétrica não deveriam criticar a poluição temporária de um grafite.
Não foi atuando de forma politicamente correta que direitos foram conquistados no Brasil.
E se as reclamações de ambas as partes tiverem relação com o meio ambiente e as pichações ajudarem a barrar o projeto, definitivamente as pichações valeram a pena!
“A pichação nasceu durante a ditadura, como forma de protesto. Não surgiu querendo agradar”,
Link Roots, pichador da capital, em protesto ao Dória.
Autoria e Texto: Márcio Ribeiro
Foto: Márcio Ribeiro
Maio de 2017 – Todos os direitos reservados
MTB: 0078407
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Sobre o autor
Sou Jornalista, Técnico em Turismo, Monitor Ambiental, Técnico em Lazer e Recreação e observador de pássaros. Sou membro da Academia Peruibense de Letras e caiçara com orgulho das matas da Juréia. Trabalhei na Rádio Planeta FM, sou fundador do Jornal Bem-Te-Vi e participei de uma reunião de criação do Jornal do Caraguava. Fiz estágio na Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Peruíbe e no Jornal Expresso Popular, do Grupo "A Tribuna", de Santos, afiliada Globo. Fui Diretor de Imprensa na Associação dos Estudantes de Peruíbe - AEP. Trabalhei também em outras áreas. Atualmente, escrevo para "O Garoçá / Editoria Livre" e para a "Revista Editoria Livre."
Se algum mané pichar o muro da minha casa, independente da porcaria que escreva, eu me importarei, e muito, pois é o meu patrimônio que está sendo emporcalhado!
A questão nem é o que se está sendo escrito, e qual o propósito. Pichação é desrespeito ao que pertence aos outros ou ao patrimônio público. E quem é que vai pagar o prejuízo depois?
E sem essa de que a pichação surgiu como “protesto contra o regime militar”. É uma falácia de quem não sabe de história.