Músicos de Peruíbe 4: Doce Magia canta “Malícia”, em 1996
Sucesso nos anos 90, o pagode romântico também teve seus representantes em Peruíbe. Um deles é o Doce Magia que gravou “Malícia”, em 1996, que fez parte do antológico CD Músicos de Peruíbe.
O Grupo foi bem conhecido na cidade e fez shows por toda a parte. Tocava nos quiosques do Centro nas noites de sábado e, aos domingos, costumava se apresentar durante o dia no quiosque Marina’s.
A música começa com um bonito dedilhado de violão: A bateria recorta a introdução e entra em seguida o cavaco e um tamborim que – os dois em sintonia – deixam o ritmo dançante e gostoso de ouvir.
Nesta música, todos os instrumentos são protagonistas. Não se poder dizer que algum “faz fundo” para o outro brilhar, pois eles se sobressaem espontaneamente com “voz própria” ecoada em sintonia com os demais. Talvez uma exceção seja o banjo. Este instrumento fica à paisana na maior parte do tempo, mas a sua contribuição é de grande valia. Dá pra escutá-lo bem na passagem da música após o refrão ser cantado.
O cantor pronuncia cada palavra com muito cuidado, como se estivesse falando mesmo com a moça, cuja interpretação ficou pertinente a canção. As viradas e passagens são bem feitas e há uma interessante evolução musical até chegar ao refrão, quando é utilizado as vozes dos demais integrantes do conjunto.
Veja a letra e escute a música, logo abaixo
DOCE MAGIA : “MALÍCIA”
“Nas curvas do seu coração eu quero me perder
No brilho dos teus olhos: Encontrar você
Vem me alucina, meu encanto fatal
Sua boca molhada: Malícia total
Vem me alucina, meu encanto fatal
Sua boca molhada: Malícia total
__o__
Na sua pele dourada eu vou deslizar
Sentir teu cheiro doce: Me hipnotizar
Marcar o seu pescoço com palavras macias
Te conquistar. Te dominar
Fazer você mulher e te amar outra vez
Outra vez, outra vez…
Fazer você mulher e te amar outra vez
Outra vez, outra vez…”
(Sidney Cabelo)
Pagode 90
O pagode romântico ou pagode paulista é um gênero musical originado na cidade de São Paulo que tornou-se um fenômeno comercial, com o lançamento de dezenas de artistas e grupos, como: “Art Popular”, “Exaltasamba”, “Negritude Junior”, “Raça Negra”, “Só Pra Contrariar”, “Os Travessos”, entre outros.
O Raça Negra foi o mais influente e principal grupo do estilo. Apareceu com um perfil romântico que misturava elementos de baladas pop e soul internacionais, música sertaneja e ritmos de samba. Além disso, usava bateria, baixo elétrico, saxofones e sintetizadores, fugindo ao padrão “fundo de quintal” estabelecido anteriormente. Apresentou canções com poucas características da tradição do samba e alguns covers de sucessos de rock/pop e de música sertaneja.
O novo pagode começou a perder espaço a partir dos anos 2000, por conta do mercado já saturado de artistas a reproduzirem canções, trejeitos e arranjos praticamente idênticos, coisa que vem acontecendo com o sertanejo atual.
Resenha e Pesquisa: Márcio Ribeiro
Produção e Foto: Pixabay
Agradecimentos: Jocemar e Mario Omuro
Próxima música: “Todo tempo que você perdeu”, de Ivan Carlos
Música Anterior: “Coisas de Amor”, de Amizade Imprevista
Contato: ogaroca@bol.com.br
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Sobre o autor
Sou Jornalista, Técnico em Turismo, Monitor Ambiental, Técnico em Lazer e Recreação e observador de pássaros. Sou membro da Academia Peruibense de Letras e caiçara com orgulho das matas da Juréia. Trabalhei na Rádio Planeta FM, sou fundador do Jornal Bem-Te-Vi e participei de uma reunião de criação do Jornal do Caraguava. Fiz estágio na Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Peruíbe e no Jornal Expresso Popular, do Grupo "A Tribuna", de Santos, afiliada Globo. Fui Diretor de Imprensa na Associação dos Estudantes de Peruíbe - AEP. Trabalhei também em outras áreas. Atualmente, escrevo para "O Garoçá / Editoria Livre" e para a "Revista Editoria Livre."