Prefeitura de Peruíbe se esforça para combater surto de sarna humana

Após casos em Praia Grande, São Vicente, Bertioga, Cubatão e Itanhaém, é a vez de Peruíbe realizar esforços para combater o surto de sarna humana (escabiose), que  é uma doença de pele,  altamente contagiosa, causada pelo ácaro Sarcoptes scabie.

No Jardim Veneza, onde foram observados o maior número de casos, a preocupação é que a patologia se espalhe ainda mais, inclusive para outros bairros. O alerta também serve para o Caraguava, onde a prefeitura já mobilizou equipes para tentar resolver o problema. A reportagem apurou que existem casos no Vila Erminda e que um aluno (ao menos)  foi orientado e afastado pela direção de uma escola estadual, localizada no Centro da cidade.

A Prefeitura de Peruíbe foi procurada, confirmou que o município apresenta uma situação morbosa e informou quais ações está tomando para que mais pessoas não sejam contagiadas:

“Foram registrados alguns poucos casos no Jardim Veneza, incluindo crianças de uma unidade escolar. Diante disso, uma equipe do Programa Saúde da Família foi ao local promover orientações.

No Caraguava também foram registrados poucos casos, que já passaram em avaliação com a equipe de Saúde da Família do bairro, que tem feito o acompanhamento necessário.

Todos os casos que foram identificados, que tiveram vínculo epidemiológico e que foram informados para as Unidades de Saúde da Família do território, receberam o devido atendimento das equipes.

A Secretaria de Saúde solicita que, caso surjam outros casos suspeitos, que procurem as equipes da Estratégia de Saúde da Família do território para notificação e acompanhamento.”

-Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Peruíbe

 POR DENTRO DO ASSUNTO

O que é a Sarna humana?
Sarna ou escabiose é uma parasitose humana causada pelo ácaro Sarcoptes scabiei,  variedade hominis.

Contágio

O contágio se dá somente entre humanos, por contato direto com pessoas, roupas ou outros objetos contaminados. O contato deve ser prolongado para que ocorra a propagação. Cães e gatos não transmitem a doença.

Sintomas
O principal sintoma da escabiose é a coceira ou prurido, que é sentido principalmente à noite. As coceiras causam feridas na pele,  principalmente entre os dedos das mãos, nas axilas e genitais. Nas feridas, há o risco de infecções secundárias, causadas por bactérias.

Tratamentos

A pessoa que está com sarna humana deve procurar imediatamente um posto de saúde e relatar o problema. Lá, o médico vai saber orientar e prescrever os medicamentos corretos. O tratamento poderá ser feito com remédios por via oral, mas também é eficiente o uso de loções e sabonetes. De acordo com especialistas, a mazela pode ser tratada também com o antifúngico ivermectina, mas  todos que moram na mesma casa têm que tomar a droga juntos.

Prevenção

É bom saber que a escabiose não escolhe o alvo: Crianças e adultos podem ser acometidos pelo achaque. É importante evitar o contato com as pessoas e objetos contaminados. Ações de higiene pessoal, como: Lavar as mãos, tomar banho diariamente, lavar as roupas do corpo e as de cama com frequência, deixar as roupas secarem ao sol e sempre que possível passar um ferro quente, podem ajudar a prevenir a moléstia.

Caso os cuidados de higiene não sejam feitos adequadamente, o risco de transmissão da enfermidade é grande. Toda a família deve ser tratada simultaneamente para evitar uma nova infestação da doença.

Texto e Reportagem: Márcio Ribeiro

Foto: Jornal da USP

Fonte: Jornal da USP e Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD)

Contato: [email protected]

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Sobre o autor

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Sou Jornalista, Técnico em Turismo, Monitor Ambiental, Técnico em Lazer e Recreação e observador de pássaros. Sou membro da Academia Peruibense de Letras e caiçara com orgulho das matas da Juréia. Trabalhei na Rádio Planeta FM, sou fundador do Jornal Bem-Te-Vi e participei de uma reunião de criação do Jornal do Caraguava. Fiz estágio na Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Peruíbe e no Jornal Expresso Popular, do Grupo "A Tribuna", de Santos, afiliada Globo. Fui Diretor de Imprensa na Associação dos Estudantes de Peruíbe - AEP. Trabalhei também em outras áreas. Atualmente, escrevo para "O Garoçá / Editoria Livre" e para a "Revista Editoria Livre."


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