Criação da agricultura e surgimento da escrita

O Crescente Fértil é uma região do Oriente Médio que tem a forma de uma lua crescente e que abrange partes dos atuais Iraque, Síria, Líbano, Jordânia, Israel, Egito, Irã e Turquia. Essa região é considerada o berço da civilização, pois foi nela que se desenvolveram algumas das primeiras e mais importantes civilizações da antiguidade, como os sumérios, os egípcios, os fenícios, os hebreus e os mesopotâmicos.

Uma das características que tornou o Crescente Fértil propício para o surgimento dessas civilizações foi a sua fertilidade, graças aos rios Nilo, Tigre, Eufrates e Jordão, que irrigavam as terras e permitiam o cultivo de grãos e cereais. A partir de cerca de 10.000 a.C., os povos dessa região começaram a praticar a agricultura e a domesticar animais, abandonando o nomadismo e se fixando em aldeias permanentes.

A agricultura foi um fator fundamental para o desenvolvimento social, político, econômico e cultural desses povos, pois possibilitou o aumento populacional, a divisão do trabalho, a acumulação de excedentes, o comércio, a formação de cidades e de impérios. Além disso, a agricultura também estimulou a invenção de diversas ferramentas e técnicas, como os sistemas de irrigação, a roda, o arado, a cerâmica e os metais.

Outra invenção que marcou profundamente as civilizações do Crescente Fértil foi a escrita. A escrita surgiu por volta de 3.500 a.C., na Mesopotâmia, com os sumérios, que criaram um sistema de símbolos pictóricos chamado cuneiforme, gravados em placas de argila. A escrita cuneiforme servia para registrar transações comerciais, leis, contratos, impostos, histórias e mitos.

A escrita se difundiu por outras regiões do Crescente Fértil e se diversificou em diferentes sistemas. Os egípcios desenvolveram os hieróglifos, uma escrita sagrada composta por desenhos de objetos e animais. Os fenícios criaram um alfabeto fonético de 22 letras, que foi adaptado pelos gregos e pelos romanos e deu origem ao nosso alfabeto atual. Os hebreus também usaram um alfabeto fonético para escrever sua língua sagrada e seus textos religiosos.

A escrita foi um instrumento essencial para a preservação e a transmissão da cultura desses povos. Graças à escrita, podemos conhecer hoje as suas leis, como o Código de Hamurabi; as suas religiões, como o judaísmo; as suas literaturas, como a Epopeia de Gilgamesh; as suas ciências, como a matemática e a astronomia; e as suas histórias, como as dos faraós do Egito.

Portanto, podemos concluir que o surgimento da agricultura e a criação da escrita no Crescente Fértil foram dois processos interligados e fundamentais para o desenvolvimento das primeiras civilizações da humanidade.

Jota Fagner e Luana Werneck batem um papo sobre a criação da agricultura no Crescente Fértil e o surgimento da escrita na Suméria. Um papo rápido e muito leve.

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Sobre o autor

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José Fagner Alves Santos é jornalista (MTB 0074945/SP), formado em Letras. Mestre em Educação, Doutor em Literatura. Fã de Ernest Hemingway, Tom Wolfe, Gay Talese, Hunter Thompson, John Hersey e Eliane Brum. Faz um arremedo de jornalismo literário. Publica sempre às segundas aqui no Editoria Livre e apresenta o podcast que é publicado às quartas. Colabora com o Portal Café Brasil.


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