Birdwatching: Prefeitura de Itanhaém incentiva o turismo de observação de aves e lança rota

De: Prefeitura de Itanhaém

Prepare sua máquina fotográfica e venha se encantar com os cantos, cores e voos acrobáticos das aves da Mata Atlântica de Itanhaém. A Secretaria de Turismo da cidade está promovendo o lançamento da Rota de Observação de Aves na região. A atividade sustentável, também conhecida como Birdwatching, tem como objetivo observar as aves em seu habitat natural, sem interferir no seu comportamento ou no seu ambiente, aproximando o ser humano da natureza.

Dentre os locais destacados pela prefeitura para fazer as observações estão a Área Costeira, a Bacia Hidrográfica do Rio Itanhaém, a Chácara Sara no Aguapeú, o Vale do Rio Branco e a região do Rio Preto. Venha conhecer um pouquinho de cada um:

ÁREA COSTEIRA

Excelente para iniciantes que queiram praticar a observação de pássaros. São locais de fácil acesso, com corredores ecológicos de Jundú, Mata de Restinga e morros urbanos, onde podem ser encontrados mais de 50 espécies como o Príncipe (Pyrocephalus rubinus)*, Gavião-caramujeiro (Rostrhamus sociabilis), Gavião-carijó (Rupornis magnirostris), Sanã-parda (Laterallus melanophaius), Maria-faceira (Syrigma sibilatrix), Tiê-sangue (Ramphocelus bresilius), Carão (Aramus guaraúna), Jaçanã (Jacana jacana) e são facilmente observadas diversas espécies de Sabiás e Pica-paus, dentre outros. Nos meses de setembro a novembro, podem ser observadas nas praias as aves migratórias que vem do hemisfério norte e param em nossa região para se alimentar antes de seguirem viagem para o hemisfério sul. Podem ser encontradas espécies de Maçaricos, Trinta Réis, Batuiruçus entre outros.

*Príncipe (Pyrocephalus rubinus), foto de Márcio Ribeiro

BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO ITANHAÉM

Itanhaém possui uma considerável Bacia Hidrográfica, com boa parte navegável. Em suas margens, grandes extensões de manguezal, restinga e mata ciliar preservada, onde podem ser encontradas várias espécies como o Colhereiro (Platalea ajaja), Guará (Eudocimus ruber), Saracura-do-mangue (Aramides mangle), Martim-pescador-verde (Chloroceryle amazona), Tangará (Chiroxiphia caudata)*, entre outros.

*Tangará jovem (Chiroxiphia caudata), foto de Márcio Ribeiro

CHÁCARA SARA – AGUAPEÚ

A Chácara Sara está localizada na região do Aguapeú. São mais de 270 espécies catalogadas em uma região com mata de restinga, mata de encosta, riachos e montanhas, onde podem ser encontradas várias espécies como o Tiê-sangue (Ramphocelus bresilius), Rendeira (Manacus manacus), Sanã-parda (Laterallus melanophaius), Acauã (Herpetotheres cachinnans), Inambuguaçu (Cypturellus obsoletus), Murucututu-de-barriga-amarela (Pulsatrix koeniswaldiana), Gaturamo (Euphonia violacea), Pica-pau-de-cabeça-amarela (Celeus flavenscens), dentre outros.

*Gaturamo-verdadeiro (Euphonia violacea), foto de Márcio Ribeiro

VALE DO RIO BRANCO

Excelente oportunidade para adquirir experiências de reconexão com a natureza. Localizado aos pés da Serra do Mar, o Vale do Rio Branco é o local ideal para desfrutar das belezas da Mata Atlântica e realizar lindos registros onde podem ser encontradas várias espécies como o Gavião-caboclo (Heterospizias meridionalis), Sanã-carijó (Mustelirallus albicollis), Falcão-de-coleira (Falco femoralis), Urubu-de-cabeça-amarela (Cathartes burrovianus), Tucano-de-bico-preto (Ramphastos vitellinus)*. Também são facilmente observadas diversas espécies de Caburés, Arapaçu, Tangará, Araçari, dentre outros.

*Tucano-de-bico-preto (Ramphastos vitellinus), foto de Márcio Ribeiro

PAPAGAIO-DE-CARA-ROXA – BAIRRO RIO PRETO

Endêmico da Floresta Atlântica, ele habita numa estreita faixa litorânea de aproximadamente 285 km entre o Paraná e o sul de São Paulo. A cidade de Itanhaém, na região do Rio Preto, possui o último dormitório (ao norte) da população do Papagaio-de-cara-roxa (Amazona brasiliensis) e é o melhor local para fazer o registro do Papagaio! A região abriga um mosaico de diferentes ecossistemas, nos quais são encontradas, além do Papagaio-de-cara-roxa, várias espécies como o Pica-pau-rei (Campephilus robustus)*, Macuru-de-barriga-castanha (Notharchus swainsoni) e Caburé (Glaucidium brasilianum). Também são facilmente observadas diversas espécies de saíras, tucanos, beija-flores, surucuás, choquinhas, maçaricos, saracuras, dentre outros.

*Pica-pau-rei (Campephilus robustus), foto de Márcio Ribeiro

AVES MARINHAS

Saídas Pelágicas são saídas embarcadas para o alto mar* com distância mínima de 20 km do continente. A maior parte das aves pelágicas de nossa região é proveniente de ilhas subantárticas. Isso torna o inverno (maio-setembro) a estação onde é mais provável observar espécies como o Albatroz-de-nariz-amarelo, Albatroz-de-sobrancelha, Mandrião-chileno, Petrel-gigante-do-sul, Pardela-preta, Pinguim-de-magalhães, dentre outros. Também podem ser observadas algumas espécies que migram entre o Atlântico Sul e o Norte, como Alma-de-mestre, Mandrião-do-sul e Bobo-escuro. Em águas mais profundos e distantes da costa é mais provável encontrar espécies como Pardela-de-óculos, Pomba-do-cabo, Grazina-de-barriga-mole, Grazina-mole e as raridades regionais como os faigões e os grandes albatrozes.

*Foz do em Itanhaém, local de partida para as saídas pelágicas, foto divulgação

ESPÉCIES DE AVES CATALOGADAS EM ITANHAÉM:

Wikiaves:

https://www.wikiaves.com.br/municipio_3522109

Ebird:

https://ebird.org/hotspots

COMO COMEÇAR

Para os iniciantes, a dica é caminhar em silêncio, preservando a tranquilidade e a sensação de harmonia, enquanto aprecia a beleza local sem agredir a natureza. O aviso é evitar estressar ou expor as aves ao perigo, mantendo-se sempre a uma distância adequada e moderando o uso de fontes de luz artificiais na hora das fotos. Prepare-se para acordar cedo, as aves estão mais ativas no começo da manhã. Alguns dos itens essenciais na prática ao ar livre são bonés, lanches, água, repelente, protetor solar, e roupas e calçados confortáveis.

O secretário de Turismo de Itanhaém, Rodrigo Zanella, reforçou a importância do apoio de um guia de turismo para que o passeio seja ainda mais proveitoso.

“Para a atividade, são necessários equipamentos específicos e o acompanhamento e orientação de um monitor ou guia de turismo especializado para facilitar e aumentar o aproveitamento durante a observação. É muito importante também que os visitantes registrem a espécie e o local e compartilhem seus registros pela internet., tornando suas observações públicas e permanentes. Assim, contribuem para aumentar o conhecimento sobre as aves e colaboram com a sua conservação”

-Rodrigo Zanella

O POTENCIAL TURÍSTICO

A região de Itanhaém e Peruíbe abriga uma enorme biodiversidade, com mais de 550 espécies de aves registradas, sendo 31 endêmicas e 21 marinhas. Algumas regiões são reconhecidas pelo Ministério do Meio Ambiente como uma das áreas prioritárias para conservação. A BirdLife International classificou a região como IBA – Important Bird and Biodiversity Area (Área Importante de Aves e Biodiversidade).

O Coordenador do Curso Técnico de Meio Ambiente na ETEC de Itanhaém e Guia de observação de aves no Litoral Sul, Rodrigo Ferraz, comentou que a prática tem grande potencial. O guia também ressalta os inúmeros benefícios à saúde física e mental, sendo uma prática muito recomendada por psicólogos nos tratamentos a depressão e ansiedade.

“Nossa região é riquíssima em espécies e ambientes naturais para o desenvolvimento desta atividade, podendo gerar renda e desenvolvimento para as comunidades”

-Rodrigo Ferraz

Itanhaém vista do alto, foto divulgação

Para mais informações, os interessados devem entrar em contato com a Secretaria de Turismo pelos telefones (13) 3426-7922 e 3427-4777.

Texto e Reportagem: Prefeitura de Itanhaém

Edição e postagem: Márcio Ribeiro

Fotos: Márcio Ribeiro e Prefeitura de Itanhaém

Contato: [email protected]

Percorrendo as praias de Peruíbe e região

Sobre o autor

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Sou Jornalista, Técnico em Turismo, Monitor Ambiental, Técnico em Lazer e Recreação e observador de pássaros. Sou membro da Academia Peruibense de Letras e caiçara com orgulho das matas da Juréia. Trabalhei na Rádio Planeta FM, sou fundador do Jornal Bem-Te-Vi e participei de uma reunião de criação do Jornal do Caraguava. Fiz estágio na Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Peruíbe e no Jornal Expresso Popular, do Grupo "A Tribuna", de Santos, afiliada Globo. Fui Diretor de Imprensa na Associação dos Estudantes de Peruíbe - AEP. Trabalhei também em outras áreas. Atualmente, escrevo para "O Garoçá / Editoria Livre" e para a "Revista Editoria Livre."


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