Contribuições culturais nordestinas na Baixada Santista

Devido à grande fluência de nordestinos em direção aos estados mais ao Sul do País eles estão espalhados por todo território nacional

Processos migratórios não são novidades. A busca por melhores oportunidades de emprego e melhor integração sócioeconômica (principalmente dos nordestinos), com as regiões mais desenvolvidas industrialmente – e consequentemente melhor desenvolvidas economicamente – há muito fazem parte do cabedal folclórico deste País. O sertanejo deixa sua terra, na maioria das vezes, por falta de opção. Sempre que possível tenta recriar – onde quer que esteja – um pequeno recorte de sua cultura, seus costumes, suas raízes.

De acordo com Anjos (2005), a migração pode ser considerada uma das responsáveis, por meio dos contatos entre as pessoas, por modificar as culturas tornando-as híbridas e tirando-as do contexto local e inserindo-as no global.Apesar de dar maior destaque para os efeitos da globalização, o autor também trata da construção dessa identidade cultural nordestina que é formada a partir da união dos mitos, memórias e outras heranças das influências portuguesas, africanas, holandesas e indígenas dando uma ideia de unidade numa região composta por nove estados. “Ainda que fisicamente dispersos e distintos em quase tudo, os habitantes dos seus mais distantes recantos constroem um lugar simbólico comum e passam gradualmente, a se imaginar como pertencentes a uma comunidade única” (Anjos, 2005, p.54-55).

Os processos culturais são fomentados através das observações, dos processos imitativos e da agregação desses novos costumes, que vão se somando, criando um novo caldo cultural.  Arjun Appadurai, antropólogo indiano com trabalhos sobre modernidade, cultura e globalização, classifica sociologicamente esse mosaico de diferentes culturas do mundo contemporâneo como etnopaisagem, que nada mais é do que uma mistura de tradições, costumes e culturas.

É partindo desse recorte que o presente trabalho busca seu lugar. Através de uma série de reportagens que tentarão abordar os resultados das influências culturais que a migração nordestina pode, ou não, exercer sobre a região da Baixada Santista.

Segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 20% dos nordestinos que migram para o Sudeste vêm para trabalhar no setor da construção civil. A Região Metropolitana da Baixada Santista, principalmente Santos, se beneficia desse fator por conta da expansão imobiliária dos anos recentes.

Fomentado durante o início da década de 30 do século passado, o processo de migração do nordestino para as áreas mais abastadas, economicamente falando, prossegue até hoje, apesar das recentes transformações econômicas ocorridas no Brasil.

O estereótipo de que o Nordeste é um local inóspito e improdutivo, comum para quem desconhece a citada região, acompanha também os nordestinos e seus descendentes, que ignoram as possibilidades de sua região natal, partindo para o Sudeste, ao invés de tentar chances nas capitais nordestinas. Para se ter uma ideia do descaso e da falta de investimento governamental, que agravou os problemas estruturais e naturais e tornou as regiões setores discriminados, o que levou muitos a migrarem, Neto (2010, p.368) descreve o seguinte.

 

É preciso fazer justiça, é necessário louvar os governadores daquele tempo: eles nunca tiveram auxílio do governo federal! a Constituição de 1891 fez uma distribuição de renda que deixou os municípios na miséria e os estados numa pobreza extrema.

 

Mesmo sendo a cidade de Salvador a terceira maior metrópole brasileira[1], os interioranos ainda buscam perfazer o caminho migratório para o Estado do Rio de Janeiro ou São Paulo, talvez por um fator que já se tornou cultural vindo da época da Cota dos dois terços, estipulada pelo governo Getúlio Vargas na tentativa de controlar o número de europeus que desembarcavam em nosso país em busca de emprego.

O Estado de São Paulo é o que, sem dúvida, mais recebe esses migrantes que buscam uma chance de melhorar de vida. Tanto que a capital possui um Centro de Tradições Nordestinas e dois órgãos estaduais: a Associação dos Nordestinos do Estado de São Paulo e o Conselho Estadual da Comunidade Nordestina do Estado de São Paulo que comprova isso. Todos os dias muitos nordestinos desembarcam no Terminal Rodoviário Governador Carvalho Pinto, mais conhecido como Terminal Rodoviário Tietê, o maior da América Latina, cheios de esperança e sonhos que, muitas vezes, se transformam em pesadelos.

Hoje, é muito comum que se veja o processo inverso, nordestinos que partem da Estação do Tietê para suas respectivas casas. Esse fator acontece graças ao recente aquecimento da economia no Nordeste, estimulada por ações do Governo Federal: as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o aumento do salário mínimo – que cresceu 44,5% em termos reais entre 2003 e 2010 – e a implementação de iniciativas como o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Nacional (Pronaf) e o Bolsa Família, que distribuiu R$ 13,1 bilhões a 12,7 milhões de famílias em todo o País nos últimos sete anos.

Com tudo isso, migrantes ainda persistem em buscar seu sonho na “Meca nordestina”. Boa parte desses indivíduos desce a Serra do Mar em busca de condições (climáticas ou culturais) mais próximas às de suas respectivas cidades. A maioria deles, limitada a empregos que não exigem grandes qualificações e amontoada em “cidades dormitórios”, procura desesperadamente contornar o problema das altas taxas de aluguel.

Com o desenvolvimento da economia nacional, começou um processo de retorno dos nordestinos para as suas respectivas cidades, além da diminuição no número dos que chegam diariamente à Região Sudeste. O campo da construção civil na Baixada Santista, foi o que mais sofreu com o rareamento de operários dispostos a trabalhar nessa área.

O baixo salário e a falta de segurança neste setor (ganha-se pouco para os riscos que se corre) fazem com que haja uma diminuição de operários nesse campo. Em fevereiro de 2010 morreram três funcionários num único acidente numa construção de um prédio na orla da praia, no Gonzaga. Cria-se um novo cenário no mercado de trabalho regional – não só na construção civil – em que as relações sociais começam a se modificar.

Segundo um estudo realizado pela professora do Departamento de Economia da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Liedje Siqueira, com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), das 862 mil pessoas que foram para a Região Sudeste, nesse período dos últimos seis anos, 47,5% estavam retornando aos seus locais de origem. Ainda de acordo com essa pesquisa o Estado de São Paulo tornou-se um dos maiores exportadores desse retorno com 61% do total.

Mesmo com uma queda de 22% nas migrações de 2004 a 2009, apontados pelo IBGE, o que comprova uma perda no poder de atração que o Sul do País exercia sobre os nordestinos. Ainda assim, muitos deles, principalmente do Interior vem para a Baixada Santista, comprovando que o fenômeno ainda é muito expressivo. A região só fica atrás da Região Metropolitana de Campinas como polo de atração migratória.

Criado em 2011, o jornal ‘ O Dialeto’, editado na cidade de Santos, é voltado para a comunidade nordestina da região com matérias explicando a cultura, curiosidades, personagens e com espaço para serviços. Seus editoriais discutem temáticas voltadas à cultura e ao migrante que aqui vive. Tatiane Calixto (2011), no primeiro editorial do jornal, deixa claro que na “Baixada Santista existe uma cara e uma cultura intrínseca nordestina espalhada pelas cidades da região”, ou seja, as cidades regionais possuem características tipicamente nordestinas. A constituição demográfica regional é de 21% de nordestinos, segundo dados do mesmo editorial.

A Região Metropolitana da Baixada Santista, situada no litoral paulista,  é formada por nove cidades: Santos, São Vicente, Praia Grande, Mongaguá, Guarujá, Itanhaém, Cubatão, Bertioga e Peruíbe.

Apesar de não haver dados oficiais o distrito de Vicente de Carvalho e a Vila Baiana no bairro da Enseada ambos do Guarujá são apontados como lugares formados em sua maioria por nordestinos.

Cubatão é a cidade com maior concentração nordestina. O advento das indústrias e das estradas formou um contingente de mais de 50% de nordestinos no município. Em 2010, a prefeitura criou o maior evento de cultura nordestina na região, o Festival Danado de Bom, reunindo artesanato, comida, oficinas de cordel, música e outras atividades. Desde o ano passado, o festival foi incluído no Calendário Turístico Oficial do Estado de São Paulo.  Couto (2003, p.50) descreve o que influenciou num grande crescimento da população na cidade devido à vinda de uma grande quantidade de migrantes na década de 1940 e resultou nessa presença significativa de nordestinos.

 

“[…] a construção dessa estrada de rodagem causou o maior fluxo de migrantes da história do povoado. Depois de terminadas as obras, os antigos acampanhamentos do D.E.R( ao longo da Serra do Mar) se tornaram as primeiras favelas do município. Apenas outra cidade da Baixada, Guarujá, teve um crescimento populacional maior que Cubatão ( 83,6% contra 79,6%), enquanto o Estado de São Paulo cresceu apenas 27,2%.”

 

Entretanto, em todas as cidades da Baixada Santista, é possível notar indícios da presença nordestina através das casas do norte e dos restaurantes típicos; a criação do Festival da Cultura Nordestina Cubatão Danado de Bom, em 2010 pela Prefeitura de Cubatão, que de acordo com informações oficiais, em 2011 recebeu 65 mil pessoas em cinco dias de festa; a existência de associações como a Associação Nordestina e Nortista de Itanhaém; a Festa Nordestina realizada pelo Lions Clube de Guarujá; a Casa de Cultura Baiano das Astúrias; o ensino de cordel e xilogravura.

Dentro deste contexto é que busca-se trazer à tona as contribuições culturais dos que escolheram a Baixada Santista para viver e que contribuíram com resquícios de sua bagagem cultural. Quais foram as influências do nordestino na cultura essencialmente caiçara?

Cascudo (1967) ao abordar sobre o folclore do Brasil enfatiza que esse conjunto de tradições acaba se repetindo em lugares distintos pelo contato entre as pessoas e com a ação do tempo, que modifica e tende a criar versões diferentes.

A Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados, (Seade) divulgou no seu informativo SP Demográfico que o volume de migração (não só a nordestina) na Região Metropolitana da Baixada Santista é de 5 mil pessoas durante 2000 e 2010, o que representa uma taxa anual de 3,20 migrantes ao ano por mil habitantes.

De acordo com dados do Censo 2000, Cubatão concentra 33.510 migrantes nordestinos o que corresponde a 30,94% dos 108.309 habitantes. Bertioga tem 9.307 migrantes nordestinos, o que corresponde a 30,98% de 30.039 habitantes. Guarujá abriga 71.110 migrantes , o que representa a 26.86% dos seus 234.812 habitantes, Praia Grande tem entre seus 193.582 habitantes, 43.208 nordestinos (22,32%). São Vicente possui 20,43% (62.012) de migrantes nordestinos na sua população de 303.551 habitantes. Em Itanhaém, dos 71.995 habitantes, (18,2%) 13.104 são migrantes. Mongaguá tem 5.948 migrantes (16,95%) dos 35.098 habitantes. Peruíbe concentra 7.661 migrantes o que corresponde a 14,89% dos seus 51.451 habitantes. Santos é a que reúne menor porcentagem de nordestinos com relação a seus moradores (471.983), são 56.676  migrantes (13,56%).

Pressupomos que mesmo com a mudança de local, a identidade  oriunda de suas raízes permanece, adaptando-se e buscando espaços na nova comunidade que o abriga. Considerando isso, a problemática que surge indica que alguns costumes se perdem, entretanto outros se modificam, não os descaracterizando por completo. Essa preservação de valores fortalece os vínculos, resultando numa comunidade que transmite sua cultura para os seus membros e indiretamente influencia os outros que vivem ao redor.

O instrumento escolhido para veicular e reunir essas histórias, números e fatos colhidos é a reportagem em uma revista. Pessa (2009) define a reportagem como “[…] a narrativa  que   aborda    as  origens,  implicações  e desdobramentos do fato, bem como apresenta os personagens envolvidos nele, humanizando- os”.

A migração dos nordestinos para outros estados, principalmente para São Paulo, representou o maior fluxo do gênero no País. Assim sendo, muito já foi falado, estudado e escrito sobre o assunto, do ponto de vista sociológico, econômico, cultural, entre outros, comprovando o quanto o impacto dessa mudança é amplo na sociedade e nas pessoas. Entretanto, na maioria das vezes, salvo algumas exceções, os números ganharam mais espaço que os personagens que os vivenciaram.  Com este trabalho, objetivamos valorizar, constatar e ampliar o conhecimento da cultura nordestina na Baixada Santista e abordar a contribuição cultural na região como resultado da migração nordestina para o Sudeste, presente nas nove cidades.

II DESENVOLVIMENTO

A ideia original do presente trabalho era a de retratar as dificuldades e agruras vividas pelos migrantes nordestinos que aqui chegam todos os anos em busca de melhores condições de vida. Faltando apenas três dias para que a comissão avaliasse a proposta recebemos a orientação de mudar o enfoque para as contribuições culturais fomentadas por esses mesmos processos migratórios.

O projeto foi reformulado e o novo enfoque, aceito. Algumas das fontes e bibliografias pautadas inicialmente tiveram que ser abandonadas – incluindo alguns livros já lidos e entrevistas realizadas.

Com a nova pauta em mão, a orientação era a de buscar organizações e entidades que prezassem pela preservação dos costumes, cultura e credo dos migrantes.

Levantamos fontes ligadas ao desenvolvimento artístico e cultural, bem como, pessoas que são a simples representação do migrante que, através da oportunidade conseguida, conseguiu se desenvolver social e economicamente, integrando-se de forma efetiva.

Para tanto, foi realizada uma série de entrevistas, com membros de uma mesma família, que após 30 anos de muito trabalho conseguiu, finalmente, modificar sua condição econômica.

O primeiro membro dessa família chegou à Baixada há 33 anos e todos os outros foram se aglomerando de forma gradativa. Esta série de depoimentos nos dá uma visão mais humana dos processos migratórios que temíamos que se tornassem frios e técnicos.

Dentro do conteúdo colhido nesses depoimentos foi possível observar como a época em que cada um desses membros chega à Baixada traduz-se diretamente em seus gostos artísticos e culturais, seja negando ou aceitando suas raízes. Exibindo seus costumes ou absorvendo a cultura local.

Outro ponto importante foi o desenvolvimento de entrevistas com um artista do repente que se apresentava na Feira de Vicente de Carvalho, mas que estava em vias de retornar à sua terra natal.  Para alguns, a saudade da família e dos amigos acaba por gerar o maior dos entraves para permanecer na Baixada.

Entre os diversos locais (ONGs, associações, núcleos e grupos) espalhados que buscam resgatar, fomentar e manter as tradições seja nos migrantes ou nos filhos e netos que nasceram aqui, alguns já foram entrevistados, como o Grupo Zabelê de Cubatão (maracatu, coco e outras danças e música principalmente de Pernambuco) e o responsável pela ONG Comunidade Nordestina do Guarujá (a ONG ainda está em fase de projeto, não saiu do papel). Outros contatos foram com a Associação Reisado Sergipano Bumba meu boi do Guarujá,o grupo de maracatu Quiloa, a ONG Proeco e o Arte no Dique. Nesse primeiro momento, captamos informações de personagens, pesquisadores e fomos a Casas do Norte e restaurantes típicos de Vicente de Carvalho e Santos. Foram entrevistados: Joana Passos Santos, que veio de Sergipe em 1979; o doutor em Sociologia. Wellington Teixeira Lisboa, que comentou sobre a migração, choque de culturas, influências e preconceito; Jorge Lampa, pesquisador e participante do grupo Forró do Moitará, e o historiador de São Vicente Marcos Braga . Uma parte dos textos já foi redigida.

Descobrimos também que existem projetos de dois vereadores Marcus De Rosis e Marcelo Del Bosco de trazer um Centro de Tradições Nordestinas para Santos. Eles foram contatados e prestam informações sobre o assunto. Um novo achado foi o Núcleo de Tradições Nordestinas Acrino Barboza de Freitas, criado por Del Bosco.

Além disso, foram buscados dados e números pelo IBGE, Censo, prefeituras, associações, sindicatos, Centro de Tradições Nordestinas de São Paulo. Apenas três prefeituras tinham dados e os outros não tiveram como colaborar.

Como a reportagem será veiculada em uma revista, houve uma preocupação com imagens que pudessem retratar a cultura. Até o momento, temos fotos dos entrevistados, de casas do norte, de um espetáculo do Grupo Zabelê de maracatu e da Associação de Reisado Sergipano do Guarujá, de cerâmicas expostas no Centro Folclórico Albino Luiz Caldas da Unisantos e do material coletado no ano passado no Festival Danado de Bom em Cubatão.

Dentro do campo literário, foram consultadas obras do Antonio Mendes da Costa Braga, da Faculdade de Ciências e Letras da Unesp de Marília (apresentada através de matéria jornalística publicada na edição 28 da Revista UnespCiência, março de 2012), que demonstra um processo migratório diferente do já conhecido por conta do sertanejo que vive agora em trânsito constante entre São Paulo e sua respectiva região natal. O migrante de hoje quer a chance de desenvolvimento econômico, mas sem ser obrigado a abandonar sua respectiva cidade.

Segundo a Revista Siará (2012), do jornal do Diário do Nordeste, é crescente o número de nordestinos, sobretudo de cearenses de Fortaleza, que vêm para o Sudeste para se especializar e adquirir novas experiências culturais e profissionais, caracterizando mais um novo fluxo migratório.

Consultado também o ensaio de Aldo Rebelo, “Cem anos de Gilberto Freyre – Um homem que entendeu o Brasil”, publicado na Revista Princípios em julho de 2000, o autor diz:

 

Para alguns, éramos um caso quase perdido. Não tivéramos a fortuna da colonização inglesa, holandesa ou francesa. Descendíamos do pior europeu, o português, e do pior português, o degredado, criminoso, sifilítico. Escória da Europa e do seu próprio país. Escória da escória, portanto.

E como para demonstrar seu estágio de degradação na escala genética e moral, aqui o português misturou-se ao índio, etapa indefinida entre bicho e gente, a quem a Igreja muito demorou em reconhecer a existência de alma. Ao deformado português o índio acrescentara sua preguiça, aversão ao trabalho, indisciplina e outros trejeitos mórbidos.

A situação perdia-se de vez com a incorporação do africano, cuja inferioridade e inadaptabilidade para a civilização e o progresso, o antropólogo baiano Nina Rodrigues tentara provar “cientificamente”. O nosso caso era feio, na observação mordaz de Darcy Ribeiro. A apreciação negativa não escapava ao senso comum, reduzia a estima individual e coletiva, embotava nossas esperanças de desenvolvimento material e espiritual. (REBELO, 2000).

A nossa visão de nós mesmos nos aparece como algo distorcido, desprovido de qualquer qualidade pelo simples fato de sermos miscigenados. O nordestino, por sua vez, com sua fisionomia mestiçada, representava o mameluco, o bugre, tudo aquilo que o brasileiro não quer ser.

O desconforto com os diferentes tipos do Brasil sempre foi algo notório, tanto é que a partir das doutrinas sobre a inferioridade biológica de negros e índios, defendidas por Nina Rodrigues, pelos influentes críticos Silvio Romero e José Veríssimo e pelo sociólogo Oliveira Viana, a elite do país acreditava que a mestiçagem condenava o Brasil ao fracasso.

Nunca tentamos nos safar do pessimismo da encruzilhada de raças que nos fizera população, mas nos negara fisionomia e identidade de povo. Os mais otimistas fundavam suas esperanças na possibilidade do embranquecimento, espécie de conspiração que levasse para a clandestinidade da pele o que já estava irremediavelmente presente no sangue.

Consultada também a obra Retrato do Brasil, de Paulo Prado, uma visão típica da oligarquia cafeeira paulista, em seu pessimismo declarado, sustentava ali a tese de que o povo brasileiro é triste; Um ano antes, foi publicado o editorial Raça e Assimilação, de Oliveira Viana, em que o autor defendia a progressiva arianização do povo brasileiro e a impossibilidade de miscigenação.

Diante dessas questões, o povo nordestino é, ainda hoje, um povo discriminado, tido como feio, ignóbil, despreparado, raça subumana. Este trabalho tem como finalidade o aprofundamento dessas questões, por meio do levantamento do nordestino, buscando como recorte aquele que vive na Baixada Santista.

Um vasto material sobre cultura nordestina e migração foi encontrado, apesar de não ser específico. Pesquisas, artigos, teses, dissertações e sites fazem parte da bibliografia lida, que foi complementada por livros de história e folclore das cidades da Baixada e do Nordeste, de reportagens e revistas com textos mais trabalhados como Piauí, Continuum, Brasileiros e outras. Foi acompanhado também o noticiário do Nordeste.

O projeto gráfico visual da Revista (onde serão publicadas as matérias seqüenciais resultantes do trabalho) já foi desenvolvido em parceria com a empresa Fábrica de Imagens, responsável pelo projeto gráfico da Revista Blogosfera e da Revista Espírito Livre.

III – CONSIDERAÇÕES

Para o início de julho está marcada uma viagem até a Bahia na carroceria de um caminhão acompanhando um grupo que faz periodicamente o trajeto nestas condições. Alguns com a finalidade de transportar produtos típicos do nordeste para cá, outros que querem, simplesmente, economizar o dinheiro da passagem.

Falta ainda transcrever algumas entrevistas para servir de base à produção textual, bem como lapidar os textos que já foram desenvolvidos até então.

Falta também decidir o título da publicação.

Apesar das várias entrevistas já feitas, ainda precisamos realizar mais algumas com fontes que foram apenas contatas. A ideia atual é usar um personagem migrante, Sebastião, que veio há muitos anos, voltou ao Nordeste depois de aposentado e por causa dos filhos retornou ao Guarujá. Já temos o contato e noções da história dele, que serviria como condutor das retrancas expostas ao longo da publicação, por meio de ligações com o que ele tem de comum com os outros. Essas entrevistas ainda precisam ser realizadas. Pretendemos começá-las ao longo deste mês. Enquanto isso, será feita mais uma tentativa de obtenção de dados das cidades da Baixada Santista quanto à migração e elaboração de um panorama histórico. Com o planejamento gráfico pronto, começamos a diagramação das primeiras páginas.

Quanto aos equipamentos necessário, o que foi usado – gravadores e câmeras – eram nossos. Dos problemas encontrados, podemos citar: a ausência de alguns livros na biblioteca da Universidade; a falta de colaboração e a inacessibilidade de fontes; a não existência de dados da migração, por parte das prefeituras e outros órgãos como associações de classe, sindicatos e Instituto Histórico Geográfico dos migrantes ou informações correlatas como o número dos restaurantes típicos ou de trabalhadores das indústrias de Cubatão e o atraso na divulgação de dados do Censo 2010.  Por outro lado, conseguimos material e fontes com as secretarias de Santos, Guarujá e Cubatão e na internet.

Nas orientações, revimos o projeto agora voltado à contribuição cultura, listamos possíveis fontes, discutimos a criação de um roteiro para nortear a execução da reportagem e do uso de termos de imagem para os entrevistados. Os primeiros textos já foram corrigidos e comentados. Fotos também foram mostradas. A cada semana, foi debatido o que já foi feito e algumas ideias colocadas.

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[1] Apesar da polêmica entre Belo Horizonte e Salvador na disputa de terceira maior metrópole do país a cidade de Salvador tem 2.480.790 habitantes conforme o censo de 2010 e 2.443.107 hab. Conforme o censo do ano 2000. Na cidade de Belo Horizonte, no censo de 2010, foram contados 2.258.096, e no ano 2000 registrou-se 2.238.526 hab. Claramente observa-se que em Salvador, nos últimos anos, a população foi maior que a de Belo Horizonte, o que a coloca como a terceira maior cidade mais populosa do Brasil.

Sobre o autor

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José Fagner Alves Santos é jornalista (MTB 0074945/SP), formado em Letras. Mestre em Educação, Doutor em Literatura. Fã de Ernest Hemingway, Tom Wolfe, Gay Talese, Hunter Thompson, John Hersey e Eliane Brum. Faz um arremedo de jornalismo literário. Publica sempre às segundas aqui no Editoria Livre e apresenta o podcast que é publicado às quartas. Colabora com o Portal Café Brasil.


2 Replies to “Contribuições culturais nordestinas na Baixada Santista”

  1. Sarah do Vale

    Olá Fagner, gostaria de agradecer imensamente! Pois seu artigo deu um norte ao meu TCC. Sou paulista de Santos, e gostaria de apresentar a influencia da cultura nordestina, já enraizada, na Baixada Santista e sua participação fundamental nas características que a definem.
    Eu poderia entrar em contato caso se faça necessário?
    De qualquer forma, muitíssimo obrigada!

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