Os Homens São de Marte…E é Pra Lá Que Eu Vou!!!

Foto de Livio Campos 

Publicado em 9 de março de 2016 

Por Mariana da Cruz Mascarenhas 

Ela já passou por mais de 40 cidades brasileiras e foi parar até mesmo em Portugal, devido ao sucesso de seu monólogo teatral: é a comediante e atriz Mônica Martelli que, há onze anos, vêm arrancando altas risadas especialmente da mulherada graças a peça Os Homens São de Marte… E é Pra Lá Que Eu Vou!!! O espetáculo está agora em cartaz por curta temporada no Teatro Porto Seguro, em São Paulo.

No palco Mônica Martelli vive Fernanda, uma jornalista quarentona e bem sucedida que, apesar de ser uma mulher independente, moderna e sorridente, sente falta de algo para completar a sua felicidade: encontrar o amor da sua vida e finalmente subir ao altar para se casar. Além da pressão interna, ela é constantemente cobrada pelas tias que desejam casá-la a todo custo – arrumando-lhe candidatos a marido – e ainda vê pessoas se casando frequentemente, já que ganha a vida organizando festas de casamento.

Durante os 70 minutos de monólogo, a atriz narra as mais inusitadas e cômicas situações vividas pela sua personagem, com os diversos parceiros com quem ela se relaciona e que acredita ser o homem de sua vida até sofrer decepções. Cada situação descrita e a consequente frustração amorosa contribui para agradar ao público cada vez mais, arrancando-lhe boas risadas.

Mônica se mostra totalmente à vontade em sua atuação, especialmente na forma como conduz o humor das cenas, contribuindo para que o monólogo não se torne cansativo e nem extensivo, mas sim envolvente do começo ao fim. Essa certamente é a fórmula do sucesso duradouro deste espetáculo.

A grande empatia gerada no público, especialmente nas solteironas de plantão, é outra chave de sucesso do monólogo por abordar duas realidades fortemente presentes: as conquistas femininas, em especial no mercado de trabalho, e o fato de que, seja moderna, tradicional, no passado ou presente, existe um objetivo em comum que perdura há décadas: encontrar a alma gêmea e com ela dividir um lar, mostrando que as inovações não mudaram um dos sonhos mais antigos de parte da humanidade que é o de se casar.

Portanto, mudam-se as formas de se relacionar, mas o objetivo de juntar as escovas de dente permanece, podendo ser também essa uma das razões para o longo tempo em cartaz da peça, que consagrou Mônica não somente nos palcos, como também nos telões e nas telinhas – afinal a história também virou filme (2014) e série de TV, exibida no canal pago GNT, e em breve estará nos livros.

Além de atuar, Mônica também é a autora da montagem, dirigida por Victor Garcia Peralta, que foi escrita com base em experiências vividas pela própria atriz. Em 2006 o espetáculo venceu o Prêmio Arte Qualidade Brasil nas categorias Melhor Comédia, Melhor Atriz e Melhor Direção.

Sobre o autor

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Mestra em Ciências Humanas. Jornalista. Especialista em Metodologia do Ensino na Educação Superior e em Comunicação Empresarial.
Assessora de Comunicação. Blogueira de Cultura e de Mídias.
Sou apaixonada por programas culturais – principalmente cinema, teatro e exposição – e adoro analisar filmes, peças e mostras que vejo (já assisti a mais de 150 espetáculos teatrais). Também adoro ler e me informar sobre assuntos ligados às mídias de modo geral e produzir conteúdos a respeito.


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