A rede social
Do mesmo diretor de O curioso caso de Benjamim Button, A rede social não possui o mesmo clima fictício retratado no primeiro, mas, também é uma grande produção de David Fincher que envolve a plateia do começo ao fim, através da história do criador do Facebook. Trata-se de Mark Zuckerberg que, com apenas 19 anos, criou a mais famosa rede social dos últimos tempos, e hoje, com 26 anos, é o mais jovem bilionário americano.
O filme começa no ano de 2003, retratando o momento em que Zuckerberg (Jesse Eisenberg)tem uma discussão com sua namorada e ela acaba terminando tudo por conta do jeito arrogante e extremamente egoísta dele. Decepcionado, ele se conforta no que mais está habituado a fazer: isolar-se em seu quarto, na universidade de Harvard, para vasculhar a vida alheia em meio as suas brilhantes ideias de montar redes sociais com fotos de seus colegas, sempre acompanhado de uma bebida.
Depois de causar o maior alvoroço na universidade, ao fazer uma brincadeira virtual com as garotas do campus, três jovens, incluindo os gêmeos Tyler e Cameron Winklevoss, se surpreendem com a sua mente brilhante e resolvem chamá-lo para, juntos, criar uma rede social com o propósito de estabelecer novas amizades e, principalmente, relacionamentos amorosos. Felizes com a aceitação de Zuckerberg, eles mal sabem que os planos do garoto eram outros: juntamente com o seu amigo de quarto, o brasileiro Eduardo Saverin (Andrew Garfield), ele cria o thefacebook.com, que mais tarde se torna o Facebook e reúne mais de 500 milhões de membros .
A ambição de Zuckerberg é tão grande que ele usa a sua genialidade para se registrar como o único fundador do Facebook e acaba sendo, mais tarde, processado por Saverin e os gêmeos que o acusam de ter roubado a ideia deles, mas na verdade ele nunca havia criado nada com os Winklevos .
O filme peca, apenas por oscilar tanto, entre os momentos em que o criador do Facebook é processado pelos colegas e os momentos das cenas que mostram detalhadamente toda a história de como surgiu a ideia de criação da rede social que revolucionou a internet, através de uma retrospectiva, deixando de valorizar uma maior linearidade do acontecimento dos fatos. Porém, a interpretação de Jesse Eisenberg é tão envolvente, que leva o público a confundir o personagem com o Mark Zuckerberg real e a pensar que tudo está realmente acontecendo naquele momento. Também vale ressaltar a grande atuação de Justin Timberlake no papel de Sean Parker, o criador do site de músicas Napster, que se desprende totalmente do ícone pop, para dar vida ao seu personagem.
A rede social é um dos filmes mais comentados do ano e já foi considerado um dos dez melhores de 2010. Vale a pena conferir e descobrir como é impossível conseguir 500 milhões de amigos sem conquistar alguns inimigos.
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Sobre o autor
Mestra em Ciências Humanas. Jornalista. Especialista em Metodologia do Ensino na Educação Superior e em Comunicação Empresarial.
Assessora de Comunicação. Blogueira de Cultura e de Mídias.
Sou apaixonada por programas culturais – principalmente cinema, teatro e exposição – e adoro analisar filmes, peças e mostras que vejo (já assisti a mais de 150 espetáculos teatrais). Também adoro ler e me informar sobre assuntos ligados às mídias de modo geral e produzir conteúdos a respeito.
Este filme mostra o quanto vale o conhecimento tecnológico, e o quanto te leva a frente de tudo a capacidade de criar, desenvolver, fazer diferente. Muito interessante a forma como Zuckerberg desbanocou os grandes mestres da informática e da Universidade, bem do tipo come quieto. Vale a pena assistir, o filme prende a atenção.
Armando Diego