220 Volts
Publicado em março de 2015
Por Mariana da Cruz Mascarenhas
É difícil falar dos grandes comediantes brasileiros atuais e não citar seu nome. Ator e humorista brasileiro, ele passou a ser reconhecido pelo povo depois do sucesso do programa 220 Volts – série de esquetes humorísticas exibidas no canal de TV por assinatura Multishow, nas quais ele interpreta diferentes personagens estereotipados.
Trata-se de Paulo Gustavo, que também se popularizou após interpretar a Dona Hermínia, uma mãe exagerada e amalucada – fazendo uma referência às histórias vividas pela sua própria mãe – no espetáculo teatral Minha Mãe é Uma Peça. A história virou longa em 2013, sendo o filme mais visto no Brasil naquele ano, e acaba de se transformar em livro, de autoria do humorista.
Desde então, a carreira de Paulo Gustavo vem deslanchando cada vez mais, sendo reconhecido e elogiado por todo o Brasil. Agora, o ator volta aos palcos com o espetáculo 220 Volts, que no momento está em cartaz em São Paulo, no Teatro Procópio Ferreira, até o dia 28 de junho de 2015.
Em 220 Volts, o público poderá se divertir com as personagens já tão conhecidas no programa transmitido pelo Multishow, como a Mulher Feia, que faz da sua própria aparência uma piada, a Senhora dos Absurdos, uma mulher preconceituosa que não suporta pobres e homossexuais, a Ivonete, uma morena do morro carioca que ama sambar, entre outros.
A peça tem texto e direção de Paulo Gustavo, em parceria com a Fil Braz, e também conta com as participações de Márcio Kieling, Christian Monassa, Marcus Majella – que faz parceria com Gustavo no programa 220 Volts e também atua junto com ele no seriado televisivo Vai que Cola, que devido ao sucesso se transformará em longa com estreia prevista para outubro de 2015 – além de seis bailarinos.
Esta é a terceira peça do humorista, após Minha Mãe é Uma Peça e Hiperativo. O espetáculo ainda conta com recursos audiovisuais e coreografias, utilizadas principalmente para preencher os espaços entre uma esquete e outra, e assim conferir tempo para que o ator possa ir trocando de figurino. Todavia, mesmo que não houvesse tamanha produção, o ator por si só bastaria para divertir a plateia em razão da sua desenvoltura e talento para a comédia.
Paulo Gustavo é um dos poucos humoristas nacionais que consegue atribuir comicidade para fatos do cotidiano e de grupos sociais sem se valer do sarcasmo e da humilhação alheia – tão impregnada no humorismo nacional e internacional, influenciando as pessoas a se satisfazerem da desgraça do próximo. Mesmo nas cenas em que ele satiriza pobres e o ator Majella por considera-lo acima do peso, por exemplo, é possível ver o tom de brincadeira utilizado por ele, sem ofender ou humilhar ninguém.
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Sobre o autor
Mestra em Ciências Humanas. Jornalista. Especialista em Metodologia do Ensino na Educação Superior e em Comunicação Empresarial.
Assessora de Comunicação. Blogueira de Cultura e de Mídias.
Sou apaixonada por programas culturais – principalmente cinema, teatro e exposição – e adoro analisar filmes, peças e mostras que vejo (já assisti a mais de 150 espetáculos teatrais). Também adoro ler e me informar sobre assuntos ligados às mídias de modo geral e produzir conteúdos a respeito.