Vai que Cola

Publicado em 10 de outubro de 2015

Por Mariana da Cruz Mascarenhas 

Bastaram poucas exibições no canal pago Multishow, em 2013, para que a série se tornasse um sucesso, ganhando uma segunda temporada, que foi ao ar em 2014, e cuja terceira temporada já está prevista para estrear em outubro deste ano. Caracterizada principalmente pelos famosos bordões e trejeitos de seus personagens suburbanos, que vivem numa pensão, a série é considerada uma das atrações de maior audiência da TV paga.

Muitos certamente já identificaram o programa descrito acima: trata-se do famoso Vai que Cola, gravado num teatro, assemelhando-se a outra série de grande sucesso exibida há alguns anos na Globo, Sai de Baixo.

 O sucesso foi tanto que a história do seriado, uma pensão cercada de personagens estereotipados e engraçados que vivem no subúrbio carioca, foi parar nos telões do cinema. São eles: Ferdinando (Marcus Majella) – um zelador todo afeminado que só aceita ser chamado de concièrge –, Teresinha (Cacaua Protásio) – uma viúva toda fogosa que adora uma festa e muita cerveja –, Jéssica (Samanta Schmutz) – filha da dona da pensão, a dona Jô (Catarina Abdala), namora dois rapazes e tudo o que mais quer é ser famosa nas redes sociais –, Máicol (Emiliano D’Ávila) – namorado de Jéssica, e dotado de uma inteligência minúscula –, Velna (Fiorella Mattheis) – com pinta de modelo, alta, loira e bonita, finge ser estrangeira, mas não passa de uma farsa –, Wilson (Fernando Caruso) – o famoso faz-tudo da pensão – e  Valdomiro Lacerda (Paulo Gustavo) –   protagonista da série, um malandro que, após fazer parte de um golpe, sai do seu luxuoso apartamento no Leblon para se refugiar na pensão e assim tentar escapar das investigações da Polícia Federal.

Na trama cinematográfica, na qual o mesmo elenco está presente, também é ressaltada a história de Valdomiro indo para a pensão da Dona Jô, após participar de um golpe na companhia de engenharia na qual é sócio e ser descoberto.

A diferença é que, no filme, Valdo consegue reaver o luxuoso apartamento no Leblon, onde morava, porém, contra a sua vontade, acaba tendo que levar toda a turma da pensão depois que uma forte chuva ameaça a segurança da casa e todos são obrigados a se retirar de lá. Todavia, Valdomiro precisará vender o apartamento, como parte de uma tramoia elaborada junto ao seu sócio para subornar o juiz que pretende julgar seus golpes. Mas as trapalhadas da turma da pensão poderão colocar tudo a perder.

A comédia oferece alguns bons momentos de descontração e humor, porém, quem acaba dominando as cenas é o ator Paulo Gustavo, que inclusive participa da história e ao mesmo tempo narra o que pensa para o público, dialogando com a câmera.

Mas, ainda assim, o elenco não parece estar tão à vontade em cena como acontece no seriado, e o roteiro também não revela grandes surpresas, seja em seu contexto histórico ou nas piadas que surgem ao decorrer da trama. Os pontos mais fortes do filme resumem-se então à fama e ao carisma que seus personagens já trazem consigo por conta do seriado, atraindo assim principalmente seus fãs, que não são poucos, afinal, em menos de uma semana de estreia, Vai que Cola – O Filme já levou mais de 1 milhão de espectadores às salas do cinema.

Sobre o autor

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Mestra em Ciências Humanas. Jornalista. Especialista em Metodologia do Ensino na Educação Superior e em Comunicação Empresarial.
Assessora de Comunicação. Blogueira de Cultura e de Mídias.
Sou apaixonada por programas culturais – principalmente cinema, teatro e exposição – e adoro analisar filmes, peças e mostras que vejo (já assisti a mais de 150 espetáculos teatrais). Também adoro ler e me informar sobre assuntos ligados às mídias de modo geral e produzir conteúdos a respeito.


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