Peruíbe: Veja como votou o seu vereador e saiba o que é um cargo comissionado

 

O projeto do Prefeito de Peruíbe, Luiz Maurício (PSDB), de criar 21 cargos comissionados (sem concurso e por indicação deles) foi aprovado em primeira discussão pela câmara de vereadores, por 11 votos a três. Uma segunda votação está marcada para acontecer na próxima quarta-feira.

Veja quem votou a favor:
José Pedro Gomes de Oliveira (DEM),
Eduardo Teles (PMDB),
Adilson da Silva Oliveira (PTB),
Alexandre Tamer Junior (PSB),
Astrogildo de Melo Silva (PEN),
Hélio Sussumu Abe (PSDB),
Ingram de Souza Menezes (PSDC),
Lourival Sampaio Costa (PROS),
Luciana Castellan (PSDB),
Paulo Carlos de Oliveira Junior (PCdoB) e
Rafael Vitor de Souza (PMDB).

Já os vereadores Marcos Mohai Szabo (PSDC), Anderson Gaspar de Oliveira (PEN) e
Milena Xisto Bargieri (PSB) votaram contra o projeto.

De acordo com o Mohai, publicado no G1, que votou contra a proposta, esses novos cargos irão gerar um impacto de quase R$ 7 milhões no orçamento da cidade. “Quando este vereador faz algum requerimento de melhorias pros bairros sempre é alegado que não tem dinheiro disponível pra tal pedido”

Recentemente, O Garoçá publicou uma entrevista com o prefeito onde ele alega falta de dinheiro para executar alguns dos serviços na cidade.

E aí? Está valendo mais a pena estudar ou puxar o saco?

O que é um cargo comissionado?
Cargo comissionado é um cargo ocupado temporariamente por uma pessoa que não faz parte do quadro de funcionários da Administração Pública, ou seja, quem não passou pela aprovação em concurso público ou outra forma de seleção. O cargo comissionado, ou cargo em comissão (assim chamado na Constituição), é uma exceção à regra de acesso aos cargos públicos.

Características
Os cargos em comissão não podem ser criados livremente, deve ser levada em consideração a real necessidade da Administração Pública na criação das vagas. Os cargos devem obrigatoriamente ser criados por uma lei específica, que determine quais as atribuições serão executadas, quais os direitos e os deveres e o valor da remuneração.

Segundo a CF, trata-se de um cargo de livre nomeação e exoneração. Ou seja, tanto a
nomeação quanto a exoneração dependem da relação de confiança e da vontade da
autoridade. A exoneração não precisa de motivação que a justifique e nem de processo administrativo, como acontece com outros cargos. Isso significa que o cargo comissionado não é efetivo, quer dizer, não há garantia de permanência no cargo.

Outra característica importante é que a Constituição definiu que esses cargos só podem existir e ser ocupados para o desempenho de funções que sejam de direção, chefia ou assessoramento.

Função de confiança
O cargo comissionado não pode ser confundido com a função de confiança. A função,
também é destinada à direção, chefia ou assessoramento, mas só pode ser desempenhada por servidores que sejam titulares de cargos efetivos (aqueles aprovados em concurso público).

Direitos trabalhistas
Ainda que não seja um cargo com garantias, há alguns direitos trabalhistas que são
aplicados aos cargos comissionados. Um fator determinante para ajudar a esclarecer quais os direitos devidos é saber se o órgão onde se exerce o cargo adota o regime estatutário (cargo público) ou celetista (emprego público).

É importante deixar claro que existe bastante debate a respeito da aplicação de muitos desses direitos, sendo comum a discussão dessas questões na via judicial.

FGTS e seguro desemprego
Quanto ao depósito do FGTS, costuma ser devido o pagamento, já que em muitos casos a contratação é pelo regime da CLT, o que pode garantir o depósito e o saque do fundo. Mas, o servidor de cargo comissionado não tem direito ao pagamento de aviso prévio ou da multa de 40% sobre o valor do fundo, já que se tratam de cargos que podem ter exoneração a qualquer momento, não se justificando o pagamento de aviso.

O mesmo acontece com o seguro desemprego, que também costuma ser considerado não devido a quem trabalhou em cargo comissionado.

13º salário e abono de férias
Já quanto ao pagamento do 13º salário e do abono de um terço de férias há decisões de Tribunais do Trabalho que indicam que é devido o pagamento.

Reportagem: O Garoçá

Fonte: G1, A Tribuna e todapolitica.com

Foto: Facebook

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Sobre o autor

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Sou Jornalista, Técnico em Turismo, Monitor Ambiental, Técnico em Lazer e Recreação e observador de pássaros. Sou membro da Academia Peruibense de Letras e caiçara com orgulho das matas da Juréia. Trabalhei na Rádio Planeta FM, sou fundador do Jornal Bem-Te-Vi e participei de uma reunião de criação do Jornal do Caraguava. Fiz estágio na Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Peruíbe e no Jornal Expresso Popular, do Grupo "A Tribuna", de Santos, afiliada Globo. Fui Diretor de Imprensa na Associação dos Estudantes de Peruíbe - AEP. Trabalhei também em outras áreas. Atualmente, escrevo para "O Garoçá / Editoria Livre" e para a "Revista Editoria Livre."


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