Conheça 7 novos fenômenos misteriosos e inexplicáveis de Peruíbe – 2018

“Peruíbe é recheada de histórias misteriosas e enigmáticas que fogem da compreensão humana e, por isso, atrai curiosos e apaixonados pelo tema de diversas partes do país. Percebemos que não só de história antiga vive a cidade, pois muitas outras continuam a acontecer bem mais perto do que você imagina e, inclusive, podem estar acontecendo neste exato momento. Em 2017, reuni cinco novas histórias que aconteceram na cidade. O sucesso foi tanto que resolvi publicar sete novas histórias que ouvi ao longo de 2018. Uma delas aconteceu comigo, inclusive…Vamos conhecê-las?”

(Márcio Ribeiro)

A  igreja perdida na Juréia 

João* procurava histórias de assombração andando pela Juréia. Em um certo lugar, encontrou um homem de aspecto estranho disposto a mostrar algo que ele nunca havia visto na vida e que talvez nunca mais voltasse a ver. Após breve preparativo e advertências,  entraram em uma trilha rumo à escuridão da mata, pois o que eles queriam ver só era possível à noite. Após longa caminhada, pararam. Como era possível aquilo? Havia uma igreja muito iluminada no meio da floresta. Muitas pessoas bem vestidas chegavam de toda parte para o evento que acontecia lá dentro. No caminho, as pessoas – de terno – pareciam não notar a presença deles, pois os ignoravam completamente. A igreja possuía luzes com cores de aspecto indizível: Tudo muito lindo e vívido. Na entrada principal daquele santuário, um homem colocou a mão na frente e, sem olhar diretamente para eles, disse assim: “Ainda não é a hora nem o lugar de vocês. Retira-te!” No dia seguinte, o caçador de histórias refez todo o percurso na mata para achar aquela construção, mas não havia o mínimo vestígio dela. O homem de aspecto estranho disse que ela fica visível a cada sete anos em uma determinada lua cheia…Bora procurar?

 

A Mula-sem-cabeça da Rua Alfredo Gomes

Era festa de fim de ano e todos se preparavam para ver a queima de fogos à beira mar, exceto Maria*, pois estava indisposta e com dor de cabeça. Como não queria estragar o réveillon dos outros, tranquilizou a todos e pediu para que fossem tranquilos festejar, pois ficaria muito bem sozinha. Tomou um remédio, ligou a TV e deitou na cama para esperar o sono chegar. Em estado de lassitude, Maria viu que o quarto ficara iluminado, como se alguém tivesse passado correndo com uma tocha de fogo pela janela. Pensou que fosse a imagem da TV, mas ficou de olhos bem atentos e com medo. De novo o clarão de fogo na sua janela, agora da esquerda para a direita. Como ela viu que o clarão veio de fora, deu uma espiada pelo buraco da janela e viu uma mula-sem-cabeça do lado de fora, bem no quintal de casa. Maria se enrolou no cobertor, mas antes de começar a rezar uma pata de equino quebrou a janela e um clarão muito intenso dominou o quarto onde ela estava, levando muito calor para dentro do cômodo. Um berro ensurdecedor, dado por ela, assustou a coisa que correu para os lados do canal Ubatuba. No dia seguinte, Maria teve que explicar a janela quebrada para os parentes…

 

A risada macabra da criança no Recreio Santista

Aconteceu comigo. Eu tirava fotos para o meu TCC “Aves de Peruíbe e a destruição do seu habitat, na zona Rural de Peruíbe. Andando só, cheguei em um local ermo, no final de uma rua, pois preferia os lugares mais isolados para eu  transitar com meus equipamentos. De repente, um pula-pula (Basileuterus culicivorus) começou a cantar insistentemente. Parecia nervoso com a minha presença, pois passava de um lado para o outro da rua, como se quisesse me expulsar. Decidi gravar a sua voz e logo apareceram outros pula-pula para cantar. Até hoje fico meio ressabiado com este bicho e não me esqueço a “cara deles” querendo me dizer algo. Eu gravava o som tranquilamente quando senti um vento atrás de mim, uma batida de pé e uma risada de criança. Tudo isso, parece que veio do nada e entrou no mato. Na hora, fiquei bravo, pois estragou a gravação que eu fazia mas, em seguida, o meu corpo arrepiou todo e aí que fui me dar conta de onde estava. Não havia nada, casa alguma e não tinha como aquela criança ter aparecido e nem lugar para ela ir sem que eu tivesse visto. Peguei minhas coisas e fui embora de lá, com o desejo de não voltar tão cedo. Chegando em casa, descobri que o meu gravador captou a risada macabra da criança. Não parecia com nenhum bicho que eu conhecia. Mandei o som  para diversos especialistas e nenhum deles me soube dizer se algum bicho produziu aquele som. Mesmo que alguém descubra, gostaria de saber como foi possível o vento e a risada. Somente após seis anos (agora, em 2018) que voltei a visitar o local do acontecido.

 

A dama da ponte do Rio Preto, na Vila Peruíbe 

Jogando futebol, conhecemos muitas pessoas. Em uma destas andanças me surpreendi com o medo que alguns atletas têm da ponte do Rio Preto, perto da Vila Peruíbe. Meio envergonhados, alguns assumiram que não ousam passar ali de noite. Há o relato daqueles que se atreveram passar por lá no período noturno. A bicicleta fica pesada como se estivesse carregando outra pessoa. Tem gente que jura que viu uma mulher de branco no local. Perguntei se era bonita, mas não souberam responder. E pensar que quando eu fazia faculdade, o ônibus entrava para deixar uma aluna na zona rural e eu pedia para ficar ali na ponte esperando o carro voltar, para ver se via corujas…

 

O jundú fantasma  

Tinha uma época que ninguém ia na praia à noite, na Barra do Una. Escutavam um barulho de mato quebrando na vegetação da praia. Parecia que algum ser descontrolado corria no meio da vegetação. Atualmente o barulho parou e ninguém, até hoje, soube o que era…

 

A pitangueira possuída  

Ainda na Barra do Una, havia uma pitangueira em frente à casa de seu Geraldo (in memoriam). Quem passava perto da árvore recebia um monte de terra na cara. A árvore ficou famosa e os mais antigos ainda lembram desta história. Infelizmente a árvore morreu e felizmente a história não voltou mais a acontecer.

 

O Ghost da Padre Anchieta 

Era quase meia noite e Maria* desceu do ônibus no ponto do Centro, em frente à lotérica. Não havia ninguém na rua, tudo estava deserto. Com ela, só a bebê de meses no colo. De repente, correu uma pessoa para a sua direção lhe trazendo muito pavor e medo. Maria apertou a bebê junto ao seu corpo e fechou os olhos, temendo ser assaltada. Porém, aquela coisa passou por dentro dela e da sua filha. Ela sentiu exatamente isso, que foi atravessada por aquela alma solitária que vagava pela Padre Anchieta, perto da meia noite. Após isso, a aparição sumiu e não foi mais vista. Um medo inexplicável tomou conta de Maria que até hoje se arrepia ao contar esta história.

*Nome trocado para não ferir suscetibilidades.

 

Veja os cinco fenômenos inexplicáveis catalogados e publicados em 2017:

Conheça os cinco novos fenômenos misteriosos e inexplicáveis de Peruíbe

Texto e Criação: Márcio Ribeiro*

Todas as Fotos: Márcio Ribeiro

Contato: [email protected]

Todos os direitos reservados

*Márcio Ribeiro é Jornalista (Unisantos), Técnico em Turismo ( ETEC Centro Paula Souza), Técnico em Lazer e Recreação (Senac), Monitor Ambiental (Instituto Florestal) e Caiçara.

Sobre o autor

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Sou Jornalista, Técnico em Turismo, Monitor Ambiental, Técnico em Lazer e Recreação e observador de pássaros. Sou membro da Academia Peruibense de Letras e caiçara com orgulho das matas da Juréia. Trabalhei na Rádio Planeta FM, sou fundador do Jornal Bem-Te-Vi e participei de uma reunião de criação do Jornal do Caraguava. Fiz estágio na Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Peruíbe e no Jornal Expresso Popular, do Grupo "A Tribuna", de Santos, afiliada Globo. Fui Diretor de Imprensa na Associação dos Estudantes de Peruíbe - AEP. Trabalhei também em outras áreas. Atualmente, escrevo para "O Garoçá / Editoria Livre" e para a "Revista Editoria Livre."


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