Análise da gestão Obama

Em ano de eleição presidencial nos EUA, a disputa entre republicanos e democratas vai se tornando mais acirrada à medida que se aproxima o período das votações. A vitória de um democrata para a presidência nas eleições de 2008 pode ter significado uma nova esperança para a população norte-americana. Ela viu no então vitorioso presidente Barack Obama uma chance de mudar algumas medidas já consolidadas no país, por exemplo, no que diz respeito às atividades de caráter bélico praticadas no Oriente Médio.

Não obstante, Obama entrou para os EUA com o azar de enfrentar um verdadeiro inimigo para sua gestão, que não assolava o país de forma tão grave desde a depressão econômica que atingiu a nação em 1929: a recessão econômica de 2008. Assim que Obama assumiu o poder, teve de encarar o desafio de promover medidas urgentes para a recuperação de várias empresas norte-americanas cujas economias foram totalmente prejudicadas, além de um crescimento incontrolável da taxa de desemprego.

Por se tratar de um problema de repercussão desastrosa para o país e para outras partes do mundo, a solução não se concretizaria de maneira fácil. Dito e feito, nestes anos da gestão Obama, a economia sofreu um grande abalo, deixando uma considerável parte da população norte-americana desempregada.

Com tais efeitos devastadores, a popularidade do presidente caiu, o que já indicava que ele teria ínfimas chances de se reeleger. No entanto, parece que os críticos se esqueceram de analisar que, por ser a maior potência econômica mundial, não é de se estranhar que uma forte crise econômica não causasse estragos de mesma proporção. O estranho é compartilhar da opinião que uma gestão de quatro anos é prazo suficiente para mostrar que o país iria se recuperar do estrago sofrido.

Talvez o crescente número de desempregos e empresas falidas tivesse contribuído para tal opinião, mas não devemos nos esquecer de que problemas de grande repercussão requerem soluções de longo prazo. Se, casualmente, propostas de curto prazo são formuladas, o problema pode até desaparecer por um tempo, mas, sem a eliminação de suas raízes, ele voltará a incomodar.

A questão é que, depois de um pouco mais de três anos de governo, a economia norte-americana lentamente principia a obter melhoras no crescimento e a taxa de desemprego diminui vagarosamente. Essas medidas foram resultado do pacote econômico de 831 bilhões de dólares que o governo injetou nas economias. Muito criticada, principalmente pelos republicanos, a medida de ajuda estatal adotada pelo presidente hoje começa a surtir efeito.

Portanto, seria lamentável que Barack Obama perdesse as eleições para os republicanos nesse momento de melhora da economia norte-americana e os créditos da recuperação econômica fossem destinados a um novo presidente republicano. Isso me faz lembrar o grande crescimento econômico do Brasil que contribuiu para o aumento da popularidade de Lula. Não tiro os créditos de nosso ex-presidente, mas abro parênteses para que tais créditos sejam divididos com a democratização de 1985, a estagnação da inflação e a abertura da economia brasileira que foram os verdadeiros pioneiros para o salto econômico brasileiro.

Por Mariana Mascarenhas

Sobre o autor

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Mestra em Ciências Humanas. Jornalista. Especialista em Metodologia do Ensino na Educação Superior e em Comunicação Empresarial.
Assessora de Comunicação. Blogueira de Cultura e de Mídias.
Sou apaixonada por programas culturais – principalmente cinema, teatro e exposição – e adoro analisar filmes, peças e mostras que vejo (já assisti a mais de 150 espetáculos teatrais). Também adoro ler e me informar sobre assuntos ligados às mídias de modo geral e produzir conteúdos a respeito.


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