A Travessia

Publicado em 24 de outubro de 2015

Por Mariana da Cruz Mascarenhas 

Se você é daqueles que tem medo de altura e só de ouvir esta palavra ou ainda ver cenas de pessoas expostas a extremas altitudes já começa a sentir um tremor nas pernas, certamente prenderá o fôlego se for aos cinemas acompanhar o mais recente longa do diretor de Náufragos, Robert Zemeckis: A Travessia.

O filme é baseado na história real de Philippe Petit, um artista francês que, depois de muito treino, aprendeu a ser um equilibrista e resolveu então ir para Nova York, onde passou do topo de uma Torre Gêmea para a outra, equilibrando-se apenas em um cabo que ligou as duas torres – feito que o tornou conhecido no mundo todo.

O longa começa mostrando a paixão de Petit (Joseph Gordon-Levitt) pelo equilibrismo desde a infância, passando pelos seus primeiros contatos com tal façanha até a mocidade, quando se tornou um artista de rua. Mas a ambição do rapaz em realizar grandes proezas sempre o fez querer desejar mais, até que um dia ele lê uma reportagem sobre a construção em Nova York de duas Torres Gêmeas, de 110 andares cada uma, e decide atravessá-las equilibrando-se apenas num cabo, assim que estiverem prontas.

Depois de ser muito bem treinado por um veterano de circo, ele parte com a namorada, seu treinador e um amigo para Nova York, onde encontra mais alguns colegas dispostos a ajudá-lo em sua praticamente mortal missão.

A Travessia segue de forma linear durante o tempo em que mostra os aprendizados de Petit e todo o plano que ele e seus companheiros tiveram de arquitetar para chegar ao topo das Torres Gêmeas sem serem pegos. Mas o suspense passa a tomar conta dos espectadores quando o jovem equilibrista está prestes a realizar a grande travessia. Para mexer ainda mais com os nervos do público, o protagonista não realiza tal proeza apenas uma vez, mas, ao se ver já cercado de policiais nos dois prédios, ordenando que ele saia daquele cabo, o rapaz praticamente passa a brincar sobre ele, aproveitando para explorar suas habilidades equilibristas.

Mesmo quem não tem medo de altura poderá ficar bem tenso (a) em alguns destes momentos muito bem encenados, graças tanto ao trabalho do ator Levitt, como do diretor, já que os planos de filmagem parecem transportar o espectador para o lugar do equilibrista, dando-lhes a sensação de estar à mesma altura do personagem, prestes a cair a qualquer momento.

Sobre o autor

+ posts

Mestra em Ciências Humanas. Jornalista. Especialista em Metodologia do Ensino na Educação Superior e em Comunicação Empresarial.
Assessora de Comunicação. Blogueira de Cultura e de Mídias.
Sou apaixonada por programas culturais – principalmente cinema, teatro e exposição – e adoro analisar filmes, peças e mostras que vejo (já assisti a mais de 150 espetáculos teatrais). Também adoro ler e me informar sobre assuntos ligados às mídias de modo geral e produzir conteúdos a respeito.


Deixe uma resposta

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Últimas publicações