“A Divina voz extraterrestre”, de Márcio Ribeiro
Escuto uma voz a noite, feminina.
Que me ensina passagens secretas e coisas que eu não consigo entender.
Ela sopra suave no meu ouvido me dizendo o que fazer.
Em um linguajar desconhecido que eu só posso compreender.
Escuto a noite uma voz feminina que me deixa muito feliz.
Encantado. Trágico! Bem perto dos astros.
Quando a sua voz sopra sinto os deuses circundando o meu quarto.
Perambulando pelos aposentos.
E minha mente fica vazia.
Nenhum pensamento me invade a cabeça neste momento.
E eu apenas percebo.
É um momento único e raro sempre narrado pela formosa voz.
Que me empurra mais e mais neste ritual.
Que me deixa contente por vários dias.
Como efeito do acontecido.
Distribuo aos outros toda esta alegria.
Que me contagia e me inebria.
Infeliz de mim quando eu durmo sem a saudosa voz.
Minha mente fica lixiviada e atolada em pensamentos incoerentes e absurdos.
E nos dias seguintes fico vagando pelas ruas seguindo as direções que não existem.
A noite faço bobagens e passo medo.
Papo sereno.
Sem saber o por quê ou o quê.
Desafortunado de mim quando eu durmo sem a divina voz.
Eu só durmo.
Texto, Autoria e Criação: Márcio Ribeiro
Data: (01/03/03)
Imagem: Pixabay
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Sobre o autor
Sou Jornalista, Técnico em Turismo, Monitor Ambiental, Técnico em Lazer e Recreação e observador de pássaros. Sou membro da Academia Peruibense de Letras e caiçara com orgulho das matas da Juréia. Trabalhei na Rádio Planeta FM, sou fundador do Jornal Bem-Te-Vi e participei de uma reunião de criação do Jornal do Caraguava. Fiz estágio na Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Peruíbe e no Jornal Expresso Popular, do Grupo "A Tribuna", de Santos, afiliada Globo. Fui Diretor de Imprensa na Associação dos Estudantes de Peruíbe - AEP. Trabalhei também em outras áreas. Atualmente, escrevo para "O Garoçá / Editoria Livre" e para a "Revista Editoria Livre."