Se Eu Fosse Você, o Musical


Um casal (Helena e Claudio) está passando por crises em seu casamento e, depois de diversas discussões, resolve se separar. A filha deles (Bia), ainda adolescente, quer contar para seus pais que está grávida do namorado, mas não consegue encontrar a forma adequada de dar a notícia, temendo que o pai, principalmente, tenha um ataque de nervos. A situação só piora quando algo completamente inimaginável acontece com Helena e Claudio: eles trocam de corpos para desespero deles e de sua filha que, sem saber o que acontece, estranha o comportamento diferente do pai, mais afeminado, e da mãe, mais rígida.

A história acima lhe pareceu familiar? Pois ela esteve nos telões e atraiu milhões de espectadores no Brasil. Trata-se das comédias brasileiras Se Eu Fosse Você (2006) e Se eu Fosse Você 2 (2008) – somente esta última atraiu mais de 6 milhões de pessoas para o cinema, em razão do sucesso do primeiro filme, e entrou para a lista das dez maiores bilheterias de produções brasileiras na história do cinema, tendo arrecadado cerca de 50 milhões de reais.

A trama acabou até mesmo por revolucionar a comédia cinematográfica brasileira, que até então não vinha atraindo grandes públicos e, a partir de Se Eu Fosse Você, começou a lotar as salas de cinemas com outras comédias posteriores, também de grande sucesso. Agora, a divertida história do casal que troca de corpos ganha uma versão para os palcos em formato de musical, que está em cartaz no Teatro Cetip, em São Paulo.

Com direção de Alonso Barros, Se Eu Fosse Você, o Musical traz uma mescla das aventuras de Helena e Claudio – personagens que, na peça, são vividos pelos atores Claudia Netto e Nelson Freitas – nos dois filmes dirigidos por Daniel Filho.

Composto por um elenco formado por 22 atores, o musical consegue arrancar boas risadas da plateia, no entanto os intérpretes limitam-se a cumprir meramente o roteiro sem arriscar muito nas atuações, contribuindo assim para criar uma sequência cênica bem linear.

Certamente quem assistiu aos filmes verá que as atuações do elenco nos telões, principalmente de Tony Ramos e Glória Pires, intérpretes de Claudio e Helena, foram muito mais envolventes do que a forma como a história é apresentada no palco.

No entanto, vale ressaltar a atuação de Nelson Freitas, um dos principais responsáveis por descontrair e provocar risos na plateia, roubando a atenção de grande parte do elenco, principalmente quando interpreta de modo bem desenvolto e hilário um Cláudio afeminado, que na verdade é a Helena em seu corpo. Destacam-se também diversas músicas de Rita Lee que compõem o repertório da peça.

Vale a pena para quem estiver unicamente a fim de descontrair e rir um pouco! O espetáculo estreou em 14 de agosto de 2014 e ficará em cartaz até 14 de setembro de 2014. 

Por Mariana da Cruz Mascarenhas 

Sobre o autor

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Mestra em Ciências Humanas. Jornalista. Especialista em Metodologia do Ensino na Educação Superior e em Comunicação Empresarial.
Assessora de Comunicação. Blogueira de Cultura e de Mídias.
Sou apaixonada por programas culturais – principalmente cinema, teatro e exposição – e adoro analisar filmes, peças e mostras que vejo (já assisti a mais de 150 espetáculos teatrais). Também adoro ler e me informar sobre assuntos ligados às mídias de modo geral e produzir conteúdos a respeito.


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