Museu do Louvre: história geral expressa na Arte

Museu do Louvre – Foto Divulgação

Por Mariana da Cruz Mascarenhas 

Um espaço gigantesco, com mais de 60 mil metros quadrados, dividido em quatrocentas e três salas. Para os admiradores da arte, é necessário mais de um dia em seu interior já que ele possui mais de 35 mil obras expostas. Trata-se de um dos maiores e mais famosos museus do mundo, o Museu do Louvre, situado na cidade mais visitada do planeta, Paris, capital da França – também conhecida como Cidade Luz.

Assim como os demais monumentos parisienses que viraram símbolo do turismo mundial, como a Torre Eiffel, Arco do Triunfo, Catedral de Notre Dame, entre inúmeros outros, o Museu do Louvre também se encaixa em tal categoria, tornando-se ponto de parada obrigatória aos visitantes de Paris amantes e não amantes da Arte. Afinal ele contém as reproduções artísticas mais importantes e influentes do universo – sem contar na beleza estética do museu, que nos paralisa os olhos desde o lado de fora, com a sua grandiosidade e arquitetura.

Situado entre o Rio Sena e a Rue de Rivoli, o prédio é constituído por uma pirâmide de vidro no pátio central – com 21 metros de altura e 200 toneladas de vidro e de trave – envolta por um palácio de três fachadas laterais.

Assim que se chega ao interior do museu, prepare-se para conhecer a história do universo através de obras do mundo todo reunidas ali e cuja importância nos remete aos grandes marcos da civilização mundial. O espaço está dividido em quatro níveis – subterrâneo e três andares – separados em diversas alas. Na seção Antiguidades Orientais é possível “viver” a pré-história por meio da exposição de escavações provenientes desde a primeira civilização urbana, a dos sumérios, inventores da escrita, passando pelo mundo persa, árabe, africano e etc.

Já a seção Artes do Islão traz coleções ligadas às riquezas islamitas como livro, objetos de marfim, pedra, metal e etc. Na ala Antiguidades Egípcias encontramos coleções egípcias traduzidas num rico conhecimento sobre a vida, cultura e crenças do Egito antigo – como os primeiros hieróglifos, sarcófagos egípcios, entre inúmeros outros itens.

Na seção Antiguidades Gregas, Etruscas e Romanas  é possível contemplar um panorama excepcional da arte antiga, que começa com a Grécia Pré-clássica, passando pela arte romana e etrusca.  Nesta seção somos contemplados com inúmeras esculturas cujos traços fortes, belos e “vívidos” nos paralisam diante delas para sua apreciação. Obras que retratam o classicismo greco-romano e sua influência mundial, marcado pioneiramente pelo culto aos deuses e ao próprio corpo. Duas obras de grande importância se destacam nesta seção:

20160613_132518Vitória de Samotrácia: encontrada em 1863 no Santuário dos Grandes Deuses de Samotrácia, trata-se  de uma escultura que representa a deusa grega Nice e  cujo culto era reputado na antiguidade ajudar a ganhar  os combates navais ou impedir os naufrágios. Erigida  na proa de um navio, é representada como apanhada  em pleno voo (Foto Mariana Mascarenhas).

Afrodite

Afrodite (Vênus de Milo): estátua prestigiosa do período helenístico (fim do século III a. C) que representa a deusa do amor e da beleza física e foi descoberta em 1820, na ilha de Milo, na Grécia (Foto Mariana Mascarenhas).

Outra seção que demanda grande tempo e nos encanta do começo ao fim é a das Pinturas, onde destacam-se coleções que retratam os classicismos, como o vivido na França e toda a sua linhagem de reis. É possível conferir quadros de todos os tamanhos cujas imagens apresentam uma vivacidade incrível, traduzindo o quão portentoso foi o período da monarquia e do império francês.

Destaque para obras como a da coroação do Imperador Napoleão, retratada numa tela de 10 metros de largura e mais de 6 de altura, ocupando quase toda a parede de uma das salas do espaço e para a obra mais importante do museu e, consequentemente, mais disputada para se chegar perto: o retrato de Mona Lisa por Leonardo da Vinci – a famosa pintura, realizada em Florença, da mulher de um vendedor de flores cujo sorriso enigmático contribuiu para a sua dimensão mítica.

20160613_134715Coroação de Napoleão – Foto Mariana Mascarenhas 

Mona LisaMona Lisa – Foto Mariana Mascarenhas 

Tão deslumbrante quanto as pinturas é a seção Objetos de Arte, com exposições dos ambientes e objetos utilizados pela realeza francesa. A riqueza de detalhes, cores e preciosidades fascina a ponto de requerer um bom tempo para ser admirada, passando-nos a sensação de estarmos imersos na história, que parece se concretizar aos nossos olhos.

20160613_141844Foto Mariana Mascarenhas 

Outras duas alas são das Artes Gráficas, recheada de obras das escolas francesas e italianas dos séculos XV e XIX, e das Esculturas, divididas em obras francesas e estrangeiras, influenciadas principalmente pelo movimento renascentista.

Instituído por Filipe II, em 1190, atuando como uma fortaleza para a defesa de Paris, o prédio do museu tornou-se palácio dos Reis da França até se tornar museu como o conhecemos hoje. Quem deseja visita-lo terá que dispor de no mínimo um dia inteiro para conhecer seu acervo – e ainda assim não dará conta de sua totalidade. Trata-se de uma experiência única que dá a oportunidade de conhecer a história do universo através da arte.

Serviço:

Museu do Louvre: 99 rue de Rivoli, 75058 Paris, França

Aberto diariamente das 9h às 18h, exceto às terças, e até às 21h45 às quartas e quintas.

Preço: 15 euros

Mais informações: www.louvre.fr

Sobre o autor

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Mestra em Ciências Humanas. Jornalista. Especialista em Metodologia do Ensino na Educação Superior e em Comunicação Empresarial.
Assessora de Comunicação. Blogueira de Cultura e de Mídias.
Sou apaixonada por programas culturais – principalmente cinema, teatro e exposição – e adoro analisar filmes, peças e mostras que vejo (já assisti a mais de 150 espetáculos teatrais). Também adoro ler e me informar sobre assuntos ligados às mídias de modo geral e produzir conteúdos a respeito.


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