De novo! Bolsonaro fala que a exploração da Juréia poderia render bilhões em dinheiro
O Presidente da República, Jair Bolsonaro, voltou a falar da exploração da Estação Ecológica da Juréia, em uma transmissão ao vivo pela internet, direto de Buenos Aires, feita ontem, 06/06/19
Veja alguns trechos e o vídeo no final desta postagem
Cancun e a Baía de Angra
“Cancun fatura por ano em torno de 12 bilhões de dólares por turismo, um bilhão por mês. Alguém sabe quanto fatura a baía de Angra com o turismo? Fatura é multa! Eu tenho uma multa lá que inclusive foi no mesmo dia e na mesma hora que eu tinha metido o dedo no painel de presença em Brasilia. Mas tudo bem, fiquei três anos respondendo processo e ele foi arquivado”
Baía de Angra, foz do Rio Ribeira e a Estação Ecológica da Juréia
“A Baía de Angra, como a foz do Rio Ribeira de Iguape, eu tenho falado muito disso também, a Estação Ecológica da Juréia, qualquer país do mundo estaria explorando de forma racional estas regiões pra faturar bilhões”
A fala do Ministro da Economia, Paulo Guedes:
“As leis no Brasil, às vezes, destroem recursos. Falávamos isso aqui na Argentina. Por que um país tão rico em recursos naturais, que foi a sexta maior economia do mundo é hoje um país empobrecido? Por que o Brasil, também, que foi uma economia que mais cresceu durante décadas no mundo, mais que Japão, mais do que China, mais do que Coréia. Por que o Brasil também parou de crescer?
O Brasil parou de crescer por que são leis inadequadas.
Agora mesmo, a Petrobras, para poder vender uma subsidiaria, mobiliza a suprema corte e tal e tudo. Interrompe uma venda…
É uma preferência pelo empobrecimento.
O Brasil deveria avançar.
É perfeitamente possível explorar economicamente preservando os recursos naturais. É economicamente possível fazer isso.
Somos a segunda economia do mundo em recursos naturais acabamos empobrecidos por que somos a centésima trigésima como ambiente de negócio.
Nós temos uma preferência pela pobreza, temos uma hostilidade aos empregos, aos investimentos e a melhorar a qualidade de vida do Brasileiro.”
A resposta do presidente, Jair Bolsonaro, logo após a fala do ministro, Paulo Guedes:
“É difícil ser patrão no Brasil”
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, falou que o homem do campo sofria muito com as multas do Ibama e que muitas vezes estas multas foram aplicadas injustamente. E fez uma pergunta ao Bolsonaro:
“E te pergunto, presidente. Quem hoje polui mais? O agricultor do campo ou a cidade?”
E o presidente respondeu:
“É o rio Tietê!”
Assista a live
Nota da Redação
A Mata Atlântica é um bioma, composto por diferentes formações vegetais e ecossistemas associados, que se destaca por sua grande biodiversidade, incluindo, por exemplo, várias espécies endêmicas (que ocorrem apenas nessa região). Hoje, devido a uma série de fatores, que incluem, por exemplo, a atividade humana, restam, segundo a Fundação SOS Mata Atlântica, apenas 12,4% da floresta que existia originalmente, sendo que, a maior parte encontra-se no Estado de São Paulo.
Vale lembrar que no Brasil, no Estado de São Paulo e mesmo em Peruíbe, existem muitas áreas abertas para serem exploradas economicamente, mas que o poder público não sabe cuidar e/ou organizar o turismo. Quem acredita na fala do ministro, Paulo Guedes, que disse dá pra explorar economicamente preservando os recursos naturais? E por que isso já não é feito nas áreas já abertas?
Texto e Publicação: Márcio Ribeiro
Foto: Márcio Ribeiro
Contato: [email protected]
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Sobre o autor
Sou Jornalista, Técnico em Turismo, Monitor Ambiental, Técnico em Lazer e Recreação e observador de pássaros. Sou membro da Academia Peruibense de Letras e caiçara com orgulho das matas da Juréia. Trabalhei na Rádio Planeta FM, sou fundador do Jornal Bem-Te-Vi e participei de uma reunião de criação do Jornal do Caraguava. Fiz estágio na Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Peruíbe e no Jornal Expresso Popular, do Grupo "A Tribuna", de Santos, afiliada Globo. Fui Diretor de Imprensa na Associação dos Estudantes de Peruíbe - AEP. Trabalhei também em outras áreas. Atualmente, escrevo para "O Garoçá / Editoria Livre" e para a "Revista Editoria Livre."