Medusa de Rayban

Escrito e dirigido por Mário Bortolotto, a peça Medusa de Rayban faz parte da mostra de comemoração dos 30 anos do grupo Cemitério de Automóveis.

O espetáculo gira em torno de um assassino profissional, interpretado por Bortolotto, que atua em diversas cenas com outros personagens ligados a violência urbana. Com 80 minutos de duração, o drama é envolvente do começo ao fim trazendo para plateia diversas cenas com diferentes personagens, que retratam de modo atraente como a sociedade lida com a crueldade humana.

Mesmo sem cenários, Medusa de Rayban prende a atenção pela intensa e expressiva atuação dos atores, além de efeitos luminosos que cumprem muito bem o papel de auxiliar na reprodução de uma situação, fazendo com que a plateia não sinta falta dos cenários.

Bortolotto soube trabalhar este complexo assunto ao retratar uma sociedade violenta com vários toques de humor satírico em um espetáculo impregnado de desejos de morte e vingança. Tal humor foi possível graças a seriedade com que os assassinos deste drama depositavam em sua profissão, indicando como a violência poderia ser escrota.

A peça foi aos palcos pela primeira vez em 1997 e rendeu, no mesmo ano, o prêmio Shell de melhor autor para Márcio Bortolotto. O espetáculo permanece em cartaz até o dia 1º de abril no Teatro Estação Caneca localizado na Rua Frei Caneca, 384.

Por Mariana Mascarenhas

Sobre o autor

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Mestra em Ciências Humanas. Jornalista. Especialista em Metodologia do Ensino na Educação Superior e em Comunicação Empresarial.
Assessora de Comunicação. Blogueira de Cultura e de Mídias.
Sou apaixonada por programas culturais – principalmente cinema, teatro e exposição – e adoro analisar filmes, peças e mostras que vejo (já assisti a mais de 150 espetáculos teatrais). Também adoro ler e me informar sobre assuntos ligados às mídias de modo geral e produzir conteúdos a respeito.


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