Ben Hur

Publicado em 18 de setembro de 2016

Por Mariana da Cruz Mascarenhas

Inspirado num grande clássico da literatura, escrita pelo americano Lew Wallace, ele ganhou prestigiosa notoriedade mundial, conquistando o maior número de estatuetas do Oscar (11) – ao lado de Titanic e O Senhor dos Anéis – O Retorno do Rei.

Trata-se de um dos filmes épicos mais famosos de todos os tempos, Ben Hur (1959), cujo sucesso deveu-se não somente à riqueza da história, mas também à magnitude dos efeitos especiais contidos na produção, que se destacaram especialmente por serem feitos numa época em que ainda havia poucos recursos para tal. Uma das cenas mais memoráveis é a famosa corrida de bigas – carro de guerra de duas rodas movida por cavalos – que se revelou um verdadeiro espetáculo visual para o público, que até então não havia se deparado com tamanha grandiosidade cinematográfica.

Pois agora o espectador terá a chance de ver novamente, ou pela primeira vez, essa famosa história que mistura fatos bíblicos a acontecimentos fictícios. Está em cartaz desde o dia 18/08/16, o novo longa dirigido por Timur Bekmambetov, Ben Hur. Ao contrário da produção de 1959, com direção de William Wyler, que possui quatro horas de duração, o mais novo longa dura aproximadamente duas horas.

O filme nos apresenta a história de Judah Ben Hur (Jack Huston), um rico mercador judeu que vivia em Jerusalém no século I. Ao lado de sua mãe já viúva e de sua irmã, ele tinha uma vida tranquila e feliz, graças também ao seu principal companheiro de aventuras e brincadeiras, o irmão de criação Messala (Toby Kebbell), com quem ele cresceu.

Mas tudo sofre uma reviravolta e a vida de Judah se transforma num inferno, após um desentendimento político envolvendo o judeu, e ele acaba então sendo condenado por Messala – que, após passar um tempo em Roma, volta como o novo comandante da guarnição romana local, totalmente mudado – a viver como escravo numa galega romana.

 A história se passa no mesmo período em que Jesus veio à Terra e proporciona alguns momentos de encontro do Filho de Deus (Rodrigo Santoro) com Judah. Ao decorrer da trama, o desejo por vingança é cada vez mais alimentado dentro de Judah, por ter sido condenado injustamente pelo próprio irmão de criação. Assim como na produção de 1959, o auge deste longa está na corrida de bigas, cujos efeitos, apesar de já não impressionarem como antigamente, dada a infinidade de recursos disponíveis hoje, são bem elaborados e produzem um suspense de tirar o fôlego. A trama culmina para um final emocionante e reflexivo sobre até que ponto a vingança vale ou não a pena e sobre a capacidade de perdoar.

Como é de praxe, a obra não é totalmente fiel ao livro, mas suas adaptações em nada prejudicam a riqueza de tamanha história. Destaques especialmente para as belas atuações de Kebbel e Santoro. Ben Hur também conta com a participação do talentoso Morgan Freeman, no papel de um sheik árabe que pede a Ben Hur para conduzir sua biga.

 

Sobre o autor

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Mestra em Ciências Humanas. Jornalista. Especialista em Metodologia do Ensino na Educação Superior e em Comunicação Empresarial.
Assessora de Comunicação. Blogueira de Cultura e de Mídias.
Sou apaixonada por programas culturais – principalmente cinema, teatro e exposição – e adoro analisar filmes, peças e mostras que vejo (já assisti a mais de 150 espetáculos teatrais). Também adoro ler e me informar sobre assuntos ligados às mídias de modo geral e produzir conteúdos a respeito.


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