A hora-extra de Bolsonaro

Como diz a famosa expressão popular, Bolsonaro, enquanto presidente, está “fazendo hora-extra”:

  • Ele demonstrou que não sabe governar;
  • Ele demonstrou que não sabe lidar com nenhuma crise, seja ela política, econômica, sanitária, ou qualquer outra;
  • Ele demonstrou que não sabe lidar com o contraditório e só quer ouvir aquilo que faz bem aos seus ouvidos;
  • Ele precisa entender que uma sociedade sadia precisa de todas as forças, por mais que ele não goste ou não concorde com o que elas dizem;
  • Ele não governa um país, ele tenta desempenhar de maneira fraca o papel de um patriarca que faz de tudo para salvar a família;
  • Ele não consegue apaziguar os conflitos criados por seus apoiadores e, muito pior, ele dá força e endossa;
  • Ele cria factoides que geram instabilidades constitucionais incontornáveis;
  • Ele toma decisões sem consultar ou sequer notificar aqueles que indicou para posições que, supunha-se, eram cargos de confiança e teriam (ou deveriam ter) alguma responsabilidade ou autonomia;
  • Ele nada contra a corrente de forma negativa: a ciência diz uma coisa e ele insiste em ouvir as virtuais vozes de sua cabeça;
  • Ele recusa a cravar o pé na realidade e acredita que todo e qualquer movimento é pensando em derrubá-lo ou inviabilizar a sua reeleição;
  • Ele precisa entender que deve deixar de lado a persona celebridade dos programas de TV, dos quais participava em debates polêmicos e superficiais, e então passar a administrar o governo;
  • Ele, que sempre criticou a velha política, está agindo como os velhos caciques, buscando salvar a própria pele ao se aproximar do centrão distribuindo cargos e assim trabalhar para evitar seu impeachment;
  • Ele insiste em fazer piadas nos momentos mais inoportunos o que nos faz questionar: temos um presidente ou um humorista fazendo um stand-up sem graça e sem noção?

Bolsonaro é, definitivamente, o cara errado pro lugar errado. E no momento mais errado possível. E essa “hora-extra” está durando mais do que deveria, comprovando que o fundo do poço é maior do que imaginamos.

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